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Faturamento caiu 90% para um terço das lojas em shoppings em São Paulo

Prejuízo do setor já se aproxima dos 35 bilhões de reais devido à pandemia do coronavírus, segundo Associação Brasileira de Loistas de Shopping

Só no estado de São Paulo os shoppings ficaram proibidos de funcionar por cerca de 130 dias (Getty Images/Getty Images)

Ivan Padilla

Publicado em 28 de junho de 2020 às 16h53.

Última atualização em 29 de junho de 2020 às 15h54.

Levantamento da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), feito entre os dias 24 e 26 de junho, constatou que o faturamento caiu 90% para cerca de um terço (32%) dos comerciantes do estado de São Paulo, em virtude do contexto da pandemia do coronavírus .

O valor obtido pelas vendas foi diminuído em até 80% para 41% dos lojistas e em até 70% para 24% deles. A entidade representa empresários que respondem por 4 mil pontos comerciais, espalhados por todo o país.

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Na capital paulista, o comércio de rua e os shoppings tiveram autorização para retomar atividades em horário especial nos dias 10 e 11 de junho, respectivamente. Para as lojas de rua, ficou determinado que devem funcionar entre 11h e 15h, enquanto as de shoppings podem optar por abrir as portas no período de 6h às 10h ou de 16h às 20h.

Em outras unidades federativas, 35% dos empresários consultados declararam que a queda no faturamento foi de até 80% e 29% de até 70%. Outro ponto avaliado foi a taxa de conversão de clientes, que equivale ao número de pessoas que efetivamente levam algum produto após visitar a loja. No total, 59% dos empresários informaram que o índice no período ficou bastante abaixo do registrado no mesmo período, antes da pandemia.

Segundo o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, o prejuízo do setor já se aproxima dos 35 bilhões de reais. Em nota, a associação destaca ainda que 10% das lojas da grande São Paulo não terão condições de reabrir, mesmo quando a pandemia estiver sob controle.

Uma das saídas para atenuar o impacto da pandemia é a venda online, que, apurou a Alshop, movimentam até 10% do faturamento para 26,5% dos comerciantes ouvidos. A proporção chega a ultrapassar os 20% para 23,5% deles. Por outro lado, 41% dos associados afirmam que esse tipo de venda ainda não traz retorno significativo.

Outra estratégia é a aplicação de descontos nos produtos comercializados, adotada por 71% dos entrevistados. O restante dos lojistas (29%) disse não conseguir oferecer descontos nesse momento de adversidade.

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