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Família Klein quer rever fusão com Pão de Açúcar

Sócios minoritários, eles acreditam ter indícios de que haveria erros “relevantes” nas demonstrações financeiras usadas pela empresa na fusão com as Casas Bahia

Michael Klein, da Casas Bahia: a família Klein e o Pão de Açúcar vivem às turras desde que se tornaram sócios, em 2009 (Germano Lüders/Exame)
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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2012 às 10h48.

São Paulo - Pela segunda vez em pouco mais de dois anos, a família Klein quer voltar à mesa de negociação para rever a fusão da Casas Bahia com o Grupo Pão de Açúcar , que deu origem à rede de eletrodomésticos Viavarejo. Sócios minoritários, eles acreditam ter indícios de que haveria erros “relevantes” nas demonstrações financeiras usadas pelo Pão de Açúcar na fusão, a ponto de alterar a composição acionária da empresa - os Klein têm 47% e o Pão de Açúcar é majoritário, com 53%.

A base do questionamento é o resultado preliminar de uma auditoria encomendada à KPMG no começo do ano, pelo conselho da própria Viavarejo. Na visão dos Klein, embora não esteja concluído, o trabalho já teria detectado erros e inconsistências nas demonstrações da Globex (do Pão de Açúcar) capazes de levar a uma revisão do valor das empresas que cada lado colocou na operação.

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Se essa avaliação inicial for confirmada, dizem fontes ligadas aos Klein, a composição acionária da Viavarejo poderia até se inverter, com os antigos donos da Casas Bahia passando de acionistas minoritários a sócios majoritários. O advogado da família Klein, Ivo Waisberg, não confirma essa hipótese, mas afirma que seus clientes querem discutir a situação. “Existe um problema que pode ser relevante e a gente precisa apurar. Por isso, enviamos uma notificação para abrir negociações sobre as eventuais inconsistências no balanço da Globex usado na transação”, disse Waisberg. Procurada, a direção do Pão de Açúcar preferiu não se manifestar.

A família Klein e o Pão de Açúcar vivem às turras desde que se tornaram sócios, em 2009. A diferença é que, antes, os antigos donos da Casas Bahia brigavam com o empresário Abilio Diniz, que fechou o negócio com eles. Agora, a conversa será com os franceses do Casino, que este ano assumiram o controle da maior rede de varejo do País.

Pessoas que acompanham essa novela especulam que os Klein poderiam estar reagindo a uma suposta decisão de tirar Raphael Klein da presidência da Viavarejo em novembro, quando o Pão de Açúcar passa a ter o direito de escolher o próximo ocupante do posto.

A família estaria incomodada, também, com as notícias de que da Viavarejo - com a Casas Bahia dentro - estaria sendo usada pelo Casino como moeda de troca para viabilizar a saída de Abilio do Pão de Açúcar. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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