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Empresas latinas não têm tempo para inovar

Embora reajam às pressões da concorrência, corporações da região não estão na vanguarda do processo inovador graças à falta de alvos de longo prazo

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	Apenas 55,4% das pesquisadas afirmam usar a diferenciação de seus produtos e serviços como estratégia para alcançar a liderança do mercado.
 (Ivan Vivencio/Stock Exchange)

Apenas 55,4% das pesquisadas afirmam usar a diferenciação de seus produtos e serviços como estratégia para alcançar a liderança do mercado. (Ivan Vivencio/Stock Exchange)

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Bárbara Ladeia

Publicado em 13 de junho de 2013 às, 07h48.

São Paulo - Mesmo estando na lista de metas das principais empresas do mundo, inovar ainda é uma tarefa muito difícil para os latinoamericanos. Ao contrário de países como Estados Unidos e Coreia do Sul, que lideram os processos inovadores, por aqui esse movimento ainda funciona como uma respota às ameaças da economia tradicional. O motivo: falta tempo.

Essa foi uma das constatações da pesquisa Inovação na América Latina, feita pela Escolas de Negócios da América Latina pelo Crescimento Econômico Sustentável (Enlaces), uma parceria entre a Fundação Dom Cabral, em parceria com a Universidad de Los Andes, a Universidad de San Andrés e a Universidad de Chile.

Para a evolução dessa habilidade, a empresa precisa não só olhar a longo prazo como alimentar o conflito. Segundo Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral, inovação "exige diversidade e pressupõe tentativa, erro, aceitação dele e principalmente liberdade de rotina para a criação". E isso toma tempo.

"Quanto mais operacional o nível hierárquico, menor a capacidade de inovação, porque falta tempo", diz Arruda. A falta de um olhar de longo prazo afasta as empresas do ambiente ideal para o florescer da criatividade. "O tempo é sempre um fator crítico em função do foco constante no curto prazo."

Risco

O olhar para o futuro requer uma boa dose de ousadia e investimentos e esses também são pontos fracos das empresas latinas, avessas ao risco. Entre as 400 empresas pesquisadas, apenas 41,9% tem uma posição clara para a inovação no seu planejamento estratégico.

Isso é o que mantem boa parte das corporações daqui fora das vanguardas de inovação. "Há um certo pragmatismo empresarial. Os gestores inovam para buscar melhores condições competitivas e não para inaugurar um novo mercado ou ampliar o setor em que atuam”, diz. “São processos incrementais que melhoram a posição da empresa, apenas.”

Apenas 55,4% das pesquisadas afirmam usar a diferenciação de seus produtos e serviços como estratégia para alcançar a liderança do mercado.

Exemplo

São poucas as empresas que se destacam internacionalmente nesse aspecto. Arruda menciona a Embraer como o principal exemplo brasileiro.

 A principal vantagem competitiva da empresa em inovação está na sua inteligência em antecipar o que Arruda chamou de “megatendências”. “A Embraer historicamente atua no desenvolvimento do mercado de aviação”, diz.

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