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Ex-presidente da Usiminas agiu ilegalmente, diz Ternium

Rômel Erwin de Souza foi destituído ontem da presidência-executiva da Usiminas após votação por maioria do conselho de administração

Usiminas: "A Ternium considera extremamente grave que um presidente interino esconda um documento estratégico e relevante do conselho" (Nelio Rodrigues/Site Exame)

Usiminas: "A Ternium considera extremamente grave que um presidente interino esconda um documento estratégico e relevante do conselho" (Nelio Rodrigues/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 24 de março de 2017 às 18h16.

São Paulo - O grupo siderúrgico latino-americano Ternium, parte do conglomerado italiano Techint, afirmou nesta sexta-feira que o ex-presidente da Usiminas Rômel Erwin de Souza agiu ilegalmente e que o conselho de administração da produtora de aço brasileira não tem confiança no executivo destituído do cargo na véspera.

"A Ternium considera extremamente grave que um presidente interino esconda um documento estratégico e relevante do conselho, dê seguimento a negociações unilateralmente, viole as regras do estatuto social e descumpra seu dever fiduciário de forma intencional", afirmou a Ternium em comunicado à imprensa.

A Ternium é parte integrante do grupo de controle da Usiminas.

Souza foi destituído da presidência-executiva da Usiminas após votação por maioria do conselho de administração. Além da Ternium, votaram a favor da saída do executivo representantes deminoritários, dos funcionários e outros dois aprovados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O documento assinado por Souza é um memorando de entendimento redigido em 2016 e que discute o uso de recursos excedentes no caixa da subsidiária Usiminas Mineração (Musa).

"O conselho (...) votou pela destituição do senhor Rômel de Souza porque não pode ser obrigado a manter no cargo um presidente no qual não tem confiança e que voluntariamente descumpre a lei e o estatuto", afirma a Ternium no comunicado.

Representantes da Usiminas não comentaram o assunto.

Mais cedo, a Nippon Steel, que também integra o grupo de controle da Usiminas, defendeu Souza, afirmando que a destituição do executivo foi inválida, violando o acordo de acionistas e sem apresentação de razão legítima.

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