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Ex-funcionário de banco suíço é condenado por venda de dados

Ex-colaborador do banco suíço Julius Baer, acusado de roubar dados financeiros para depois vendê-los, foi condenado a três anos de prisão

Homem em frente à entrada do banco Julius Baer: graças a acordo, condenado permanecerá na prisão menos de um ano (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 12h30.

Genebra - Um ex-colaborador do banco suíço Julius Baer, acusado de ter roubado dados financeiros de clientes para depois vendê-los às autoridades fiscais da Alemanha , foi condenado nesta quinta-feira a três anos de prisão pelo Tribunal Penal Federal da Suíça, informaram fontes judiciais.

Especialista em informática, de 54 anos e origem alemã, cuja identidade não foi revelada como é costume nos tribunais suíços, o acusado tinha chegado a um acordo com o Ministério Público para reconhecer sua culpa.

Pela transferência dos dados bancários de clientes ricos, o ex-colaborador do banco suíço recebeu uma retribuição de 1,1 milhão de euros, que pensa em utilizar em parte para pagar impostos que deve na Alemanha, segundo disse hoje no tribunal.

Em fevereiro de 2012, o condenado entregou a um investigador por conta do fisco alemão 2.700 dados relativos a clientes ricos, alemães e holandeses, que tinha recopilado - segundo o mesmo reconheceu durante o processo - entre outubro e dezembro do ano anterior.

Graças ao acordo alcançado com o fiscal, o condenado pagará uma fiança de 600 mil euros pela metade da pena total e serão reduzidos de sua sanção os 220 dias que passou em prisão preventiva, com a qual permanecerá na prisão menos de um ano.

Os delitos atribuídos a ele são os de espionagem econômica, violação do sigilo bancário e lavagem de dinheiro.

O ex-colaborador tinha se apoderado de nomes de clientes, endereços, número de contas e dos saldos e movimentos bancários.

Perante os juízes, o acusado explicou que as pressões do fisco alemão foram o elemento que o levou a entregar informações confidenciais.

Este caso foi um dos mais famosos de roubo de informação bancária nos últimos anos, geralmente com o propósito de transmití-la a outros países e que seja usada para perseguir supostos fraudadores de impostos, no meio de uma forte campanha na Europa de luta contra a evasão fiscal.

Investigações similares relacionadas com bancos suíços ocorreram na França e Estados Unidos.

Em 2011, o banco Julius Baer acordou com as autoridades da Alemanha pagar uma multa de 50 milhões de euros para fechar uma investigação fiscal, mas ainda tem aberta uma investigação -junto com uma dezena de bancos suíços- nos Estados Unidos.

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Genebra - Um ex-colaborador do banco suíço Julius Baer, acusado de ter roubado dados financeiros de clientes para depois vendê-los às autoridades fiscais da Alemanha , foi condenado nesta quinta-feira a três anos de prisão pelo Tribunal Penal Federal da Suíça, informaram fontes judiciais.

Especialista em informática, de 54 anos e origem alemã, cuja identidade não foi revelada como é costume nos tribunais suíços, o acusado tinha chegado a um acordo com o Ministério Público para reconhecer sua culpa.

Pela transferência dos dados bancários de clientes ricos, o ex-colaborador do banco suíço recebeu uma retribuição de 1,1 milhão de euros, que pensa em utilizar em parte para pagar impostos que deve na Alemanha, segundo disse hoje no tribunal.

Em fevereiro de 2012, o condenado entregou a um investigador por conta do fisco alemão 2.700 dados relativos a clientes ricos, alemães e holandeses, que tinha recopilado - segundo o mesmo reconheceu durante o processo - entre outubro e dezembro do ano anterior.

Graças ao acordo alcançado com o fiscal, o condenado pagará uma fiança de 600 mil euros pela metade da pena total e serão reduzidos de sua sanção os 220 dias que passou em prisão preventiva, com a qual permanecerá na prisão menos de um ano.

Os delitos atribuídos a ele são os de espionagem econômica, violação do sigilo bancário e lavagem de dinheiro.

O ex-colaborador tinha se apoderado de nomes de clientes, endereços, número de contas e dos saldos e movimentos bancários.

Perante os juízes, o acusado explicou que as pressões do fisco alemão foram o elemento que o levou a entregar informações confidenciais.

Este caso foi um dos mais famosos de roubo de informação bancária nos últimos anos, geralmente com o propósito de transmití-la a outros países e que seja usada para perseguir supostos fraudadores de impostos, no meio de uma forte campanha na Europa de luta contra a evasão fiscal.

Investigações similares relacionadas com bancos suíços ocorreram na França e Estados Unidos.

Em 2011, o banco Julius Baer acordou com as autoridades da Alemanha pagar uma multa de 50 milhões de euros para fechar uma investigação fiscal, mas ainda tem aberta uma investigação -junto com uma dezena de bancos suíços- nos Estados Unidos.

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