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Estácio avalia entrada em novos estados e mais aquisições

Rede de ensino avalia novas aquisições de pequeno e médio portes após ter fechado o maior negócio de sua história em 2013


	Sala de aula: Estácio diz ter mais de 330 mil alunos e presença em 20 estados e no Distrito Federal
 (Divulgação)

Sala de aula: Estácio diz ter mais de 330 mil alunos e presença em 20 estados e no Distrito Federal (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 16h01.

Rio de Janeiro - Enquanto aguarda a aval dos órgãos reguladores sobre o maior negócio de sua história, a rede de ensino Estácio Participações avalia novas aquisições de pequeno e médio portes e a entrada em mais estados do Brasil.

"A agenda de aquisições continua, não mudou a nossa estratégia de ocupação das regiões Norte, Nordeste e ter operações em todos os estados do país", disse à Reuters o diretor financeiro e de relações com investidores da Estácio, Virgílio Gibbon, em entrevista nesta quarta-feira.

A companhia, que diz ter mais de 330 mil alunos e presença em 20 estados e no Distrito Federal, ainda não atua no Amazonas, Tocantins, Rondônia e Acre. No Sul do país, tem apenas uma operação de médio porte em Porto Alegre (RS). Mas a empresa também tem planos se seguir crescendo organicamente.

"Tem alguns estados com cidades de porte médio, que a gente tem prospectado operações. Certamente teremos novidades ao longo do ano", disse.

Em setembro, a Estácio selou a compra da Uniseb por 615,3 milhões de reais em dinheiro e ações, fortalecendo-se em São Paulo e ampliando participação no ensino à distância. Sua principal atividade é em cursos de graduação e pós-graduação.

O anúncio ocorreu cinco meses após a união entre as rivais Kroton e a Anhanguera, que criou uma empresa avaliada em 13 bilhões de reais.


Segundo Gibbon, diferente da fusão das concorrentes, a compra da Uniseb é de menor complexidade, por isso a aprovação do Conselho de Administração e Defesa Econômica (Cade) deve ocorrer dentro do prazo previsto.

"Sem dúvida que neste primeiro semestre tem a aprovação do negócio. O prazo normal previsto dentro das regras é de 240 dias. Eles podem pedir prorrogação, se for o caso", afirmou.

Após a compra da Uniseb, a Estácio terá cerca de 500 milhões de reais em caixa, cifra que ele qualificou como "robusta".

"Para o nosso plano de 2014, é um caixa mais do que suficiente", disse o diretor, adicionando que, em caso de grandes oportunidades, a companhia não descarta um endividamento ou o acesso ao mercado de capitais.

Sobre os resultados do quarto trimestre de 2013, que devem ser divulgados em março, o executivo disse que não aguarda "grandes surpresas", depois de trimestres considerados muito bons. Para os primeiros meses de 2014, ele se limitou a afirmar que a demanda pelos cursos da Estácio continua boa.

De julho a setembro, o lucro da companhia mais do que dobrou na comparação com a mesma etapa de 2012, a 86,3 milhões de reais.

A Estácio viu suas ações subiram mais de 47 por cento no ano passado, enquanto o principal indicador da bolsa caiu 15,5 por cento no período. A ação passou a integrar a nova carteira teórica do Ibovespa no começo desta semana. O ingresso no índice veio após a entrada dos papéis de Kroton e Anhanguera, em setembro.

"Para a gente é a principal vitória do setor, mostra a seriedade dos 'players' de educação (...), o crescimento e valorização do setor".

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