Berlitz: expansão será feita principalmente por meio de parcerias (Berlitz/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 27 de julho de 2017 às 08h00.
Última atualização em 27 de julho de 2017 às 08h00.
São Paulo - A Berlitz, escola de idiomas premium, quer multiplicar de tamanho no Brasil, com 240 novas lojas nos próximos cinco anos, próprias e com parcerias.
Ainda que ela esteja presente no país há 105 anos, a empresa passou agora a olhar com mais atenção para o Brasil, país onde tem 14 unidades e 7 mil alunos.
A escola foi criada em 1878 nos Estados Unidos. No mundo, tem faturamento de 4,9 bilhões de dólares e 550 unidades em 70 países, com 250 mil alunos.
"Estamos bem maduros na Europa e Estados Unidos. Agora, não tem como crescer no mundo se não olhar para os mercados emergentes", afirmou Arthur Bezerra, presidente da rede no Brasil a EXAME.com.
"Apenas 3% da população brasileira fala inglês com proficiência, há muito espaço para crescer", disse ele. Cerca de 83% dos cursos no país são de inglês. A segunda língua mais popular é o espanhol e, em terceiro lugar, está o português para estrangeiros. Já no mundo o inglês é preferido por 71% dos alunos, seguido do alemão.
A empresa busca ter um posicionamento premium, voltada às classes A e B, com aulas para até 5 pessoas. Mais de metade das aulas no Brasil são individuais.
Mesmo assim, ela terá que concorrer com empresas bem conhecidas e estabelecidas no mercado, com milhares de unidades. A concorrência não preocupa Bezerra. "Chegamos atrasados para a festa e temos concorrentes mais maduros, mas podemos aprender com os erros dos outros", afirmou.
A expansão da rede será feita principalmente por meio de parcerias - apenas 36 das 240 unidades novas serão próprias. Há várias estratégias pensadas para esse crescimento, "para diminuir os custos e aumentar a velocidade das inaugurações", disse o presidente.
Fora do eixo Rio-São Paulo, a rede optará por abrir franquias. Já outras unidades serão abertas dentro de universidades corporativas, em outras empresas que oferecem cursos de línguas aos funcionários.
Para o segmento de crianças e adolescentes, a rede quer criar espaços dentro de clubes ou escolas.