Escândalo do "dieselgate" tem 16 novas marcas envolvidas
O ministro de Transportes alemão citou entre as marcas implicadas a Alfa Romeo, Chevrolet, Dacia, Fiat, Hyundai, Jaguar, Jeep, Land Rover, Nissan e Suzuki
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2016 às 16h49.
Uma investigação realizada na Alemanha depois do escândalo dos motores adulterados da Volkswagen revelou irregularidades em 16 marcas de veículos, entre elas cinco alemães, além da francesa Renault e das japonesas Suzuki e Nissan, anunciou nessa sexta-feira o ministro de Transportes.
O ministro de Transportes alemão, Alexander Dobrindt, citou entre as marcas implicadas a Alfa Romeo, Chevrolet, Dacia, Fiat, Hyundai, Jaguar, Jeep, Land Rover, Nissan e Suzuki, além das alemãs Volkswagen, Audi, Mercedes, Opel e Porsche, assim como a francesa Renault, já apontadas anteriormente por uma fonte governamental.
Dois grandes nomes do setor, a Daimler, fabricante da Mercedes-Benz, e a Mitsubishi, também foram atingidas nos últimos dias por novas repercussões do caso.
A primeira abriu na quinta-feira uma investigação interna, solicitada pelas autoridades americanas, sobre o modo como são certificadas as emissões poluentes de seus veículos nos Estados Unidos.
Alguns motoristas acusam o grupo de ter instalado um dispositivo em alguns veículos a diesel "limpo" para se esquivar das normas contra a poluição dos Estados Unidos.
630.000 veículos em revisão
Nesta sexta-feira, o ministro alemão confirmou que haverá recall de cerca de 630.000 veículos dos fabricantes alemães devido a irregularidades em seus níveis de emissão de gases poluentes.
A decisão sobre um eventual recall de marcas estrangeiras deverá ser tomada pelos países em que os modelos sob suspeita apresentaram seu pedido de autorização para a União Europeia, acrescentou.
Nos veículos implicados, o sistema de filtragem de emissões poluentes é automaticamente desativado quando a temperatura exterior cai a certo patamar.
Entretanto, segundo as normas europeias, este mecanismo só é autorizado se permitir evitar um acidente ou dano ao motor.
A confissão da Volkswagen de que instalou um dispositivo no motor de aproximadamente 11 milhões de veículos do mundo todo para que parecessem menos poluentes do que eram de verdade levou vários países a realizar testes dos veículos em circulação.
O Reino Unido foi um desses países, e na quinta-feira declarou que não havia descoberto nenhum caso como o da Volkswagen, embora tenha reconhecido que "as emissões de óxido de nitrogênio "são muito mais elevadas em condições reais e nos testes realizados nas rodovias do que no laboratório".
Na França, os escritórios da PSA (Peugeot-Citroën) foram registrados pelos serviços franceses de luta contra a fraude, que investigam "anomalias" sobre os níveis de emissões.
Primeiras perdas em 20 anos
O grupo automotor alemão Volkswagen já está sentindo as repercussões do escândalo: em 2015 registrou perdas de 1,582 bilhões de euros, sua primeira perda anual em mais de 20 anos.
O grupo registrou um prejuízo em 2015 de 1,582 bilhões de euros, segundo anunciou nessa sexta-feira em um comunicado, devido aos altos custos para enfrentar os custos do escândalo.
"A crise atual representa um peso financeiro muito grande para a Volkswagen", declarou nessa sexta-feira seu presidente Mathias Muller, em coletiva de imprensa na sede do grupo em Wolsburgo.
O grupo de 12 marcas (Volkswagen, Audi, Seat, Porsche, entre outras) decidiu constituir provisões por 16,200 bilhões de euros (US$ 18,2 bilhões) no ano passado para arcar com os custos e indenizações, ainda não contabilizados, vinculados a esse escândalo.
Segundo um porta-voz consultado pela AFP, essa é a primeira perda anual do grupo desde 1993.
A VW também anunciou em seu comunicado que espera um retrocesso de seu volume de negócios de até 5% em 2016, penalizado não só pelo escândalo do diesel como também pelas dificuldades dos mercados russo e brasileiro.
Outras das consequências do escândalo dos motores adulterados são os 'bônus' de seus diretores.
O conselho de vigilância da Volkswagen decidiu nessa sexta-feira congelar 30% dos bônus dos nove membros de sua direção para 2015. Esses bônus seriam entregues nos próximos três anos se os resultados na Bolsa fossem bons.
Uma investigação realizada na Alemanha depois do escândalo dos motores adulterados da Volkswagen revelou irregularidades em 16 marcas de veículos, entre elas cinco alemães, além da francesa Renault e das japonesas Suzuki e Nissan, anunciou nessa sexta-feira o ministro de Transportes.
O ministro de Transportes alemão, Alexander Dobrindt, citou entre as marcas implicadas a Alfa Romeo, Chevrolet, Dacia, Fiat, Hyundai, Jaguar, Jeep, Land Rover, Nissan e Suzuki, além das alemãs Volkswagen, Audi, Mercedes, Opel e Porsche, assim como a francesa Renault, já apontadas anteriormente por uma fonte governamental.
Dois grandes nomes do setor, a Daimler, fabricante da Mercedes-Benz, e a Mitsubishi, também foram atingidas nos últimos dias por novas repercussões do caso.
A primeira abriu na quinta-feira uma investigação interna, solicitada pelas autoridades americanas, sobre o modo como são certificadas as emissões poluentes de seus veículos nos Estados Unidos.
Alguns motoristas acusam o grupo de ter instalado um dispositivo em alguns veículos a diesel "limpo" para se esquivar das normas contra a poluição dos Estados Unidos.
630.000 veículos em revisão
Nesta sexta-feira, o ministro alemão confirmou que haverá recall de cerca de 630.000 veículos dos fabricantes alemães devido a irregularidades em seus níveis de emissão de gases poluentes.
A decisão sobre um eventual recall de marcas estrangeiras deverá ser tomada pelos países em que os modelos sob suspeita apresentaram seu pedido de autorização para a União Europeia, acrescentou.
Nos veículos implicados, o sistema de filtragem de emissões poluentes é automaticamente desativado quando a temperatura exterior cai a certo patamar.
Entretanto, segundo as normas europeias, este mecanismo só é autorizado se permitir evitar um acidente ou dano ao motor.
A confissão da Volkswagen de que instalou um dispositivo no motor de aproximadamente 11 milhões de veículos do mundo todo para que parecessem menos poluentes do que eram de verdade levou vários países a realizar testes dos veículos em circulação.
O Reino Unido foi um desses países, e na quinta-feira declarou que não havia descoberto nenhum caso como o da Volkswagen, embora tenha reconhecido que "as emissões de óxido de nitrogênio "são muito mais elevadas em condições reais e nos testes realizados nas rodovias do que no laboratório".
Na França, os escritórios da PSA (Peugeot-Citroën) foram registrados pelos serviços franceses de luta contra a fraude, que investigam "anomalias" sobre os níveis de emissões.
Primeiras perdas em 20 anos
O grupo automotor alemão Volkswagen já está sentindo as repercussões do escândalo: em 2015 registrou perdas de 1,582 bilhões de euros, sua primeira perda anual em mais de 20 anos.
O grupo registrou um prejuízo em 2015 de 1,582 bilhões de euros, segundo anunciou nessa sexta-feira em um comunicado, devido aos altos custos para enfrentar os custos do escândalo.
"A crise atual representa um peso financeiro muito grande para a Volkswagen", declarou nessa sexta-feira seu presidente Mathias Muller, em coletiva de imprensa na sede do grupo em Wolsburgo.
O grupo de 12 marcas (Volkswagen, Audi, Seat, Porsche, entre outras) decidiu constituir provisões por 16,200 bilhões de euros (US$ 18,2 bilhões) no ano passado para arcar com os custos e indenizações, ainda não contabilizados, vinculados a esse escândalo.
Segundo um porta-voz consultado pela AFP, essa é a primeira perda anual do grupo desde 1993.
A VW também anunciou em seu comunicado que espera um retrocesso de seu volume de negócios de até 5% em 2016, penalizado não só pelo escândalo do diesel como também pelas dificuldades dos mercados russo e brasileiro.
Outras das consequências do escândalo dos motores adulterados são os 'bônus' de seus diretores.
O conselho de vigilância da Volkswagen decidiu nessa sexta-feira congelar 30% dos bônus dos nove membros de sua direção para 2015. Esses bônus seriam entregues nos próximos três anos se os resultados na Bolsa fossem bons.