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Equatorial e BTG querem R$943 mi do BNDES para compra da Abengoa

A elétrica e o banco negociam a compra de um pacote de ativos da Abengoa que envolve 7 lotes de linhas de energia em operação e 2 lotes em obras

Abengoa: Equatorial e BTG preveem ainda a captação de mais 314 milhões de reais com a emissão de debêntures de infraestrutura (Marcelo del Pozo/Reuters)

Abengoa: Equatorial e BTG preveem ainda a captação de mais 314 milhões de reais com a emissão de debêntures de infraestrutura (Marcelo del Pozo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 17h58.

São Paulo - A Equatorial Energia e o BTG Pactual querem garantias de que poderão captar cerca de 943 milhões de reais junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como condição para apresentar uma proposta firme por linhas de transmissão de energia da espanhola Abengoa no Brasil, segundo documento visto pela Reuters.

A elétrica e o banco negociam a compra de um pacote de ativos da Abengoa que envolve sete lotes de linhas de energia em operação e dois lotes de linhas em obras, que ainda demandarão investimentos estimados pelas empresas em cerca de 1,4 bilhão de reais até serem concluídas.

Assim, para viabilizar a transação, as empresas querem poder captar recursos junto ao BNDES nas condições previstas na época em que os ativos foram licitados e arrematados pela Abengoa, que em novembro passado paralisou todas as obras em andamento no Brasil devido a uma crise financeira.

Equatorial e BTG preveem ainda a captação de mais 314 milhões de reais com a emissão de debêntures de infraestrutura para aplicação nas linhas que ainda exigirão obras, segundo o documento.

O jornal O Estado de S.Paulo noticiou na semana passada que Equatorial e BTG Pactual podem fazer uma oferta de 1 bilhão de reais pelos ativos da Abengoa no Brasil.

Segundo documento visto pela Reuters, as empresas já têm acesso à sala de informações sobre os ativos, mas têm colocado algumas exigências enquanto preparam uma possível oferta firme.

Entre os pedidos das empresas para fechar o negócio estão acondição de que BNDES e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizem a saída de caixa das linhas de transmissão existentes, já em operação, para bancar reinvestimentos nos ativos que ainda exigirão obras.

Um desses lotes de linhas que ainda exigiria aportes, o chamado ATE XVI, tem o investimento necessário estimado em 1,26 bilhão de reais, enquanto o outro, ATE XVII, deve demandar 171 milhões, nas contas de Equatorial e BTG.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse no início do mês que a Equatorial estava em negociação avançada por esses dois lotes e mais as linhas em operação da Abengoa.

A chinesa State Grid também tem avaliado os empreendimentos, mas com foco apenas nas linhas já concluídas.

Procurado, o BTG Pactual afirmou que não comentaria. O banco apenas reiterou um comunicado enviado ao mercado na semana passada, no qual disse que o banco não está envolvido em operação com a Abengoa, mas fundos por ele geridos podem estar analisando o negócio.

A Equatorial Energia não retornou imediatamente a pedido de comentário.

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