Envelhecimento da população exige mudanças nos produtos
Segundo pesquisa da A. T. Kearney, setores de varejo e serviços são os mais afetados pelo envelhecimento da população
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 10h48.
São Paulo – Estamos ficando mais velhos. Não só porque o tempo passa para todos, mas principalmente porque estamos mais saudáveis e temos menos filhos. Não por acaso, a expectativa de vida da população em geral vem aumentando.
Isso é o que a A.T. Kearney intitulou de Agequake (ou terremoto demográfico, em tradução livre para o português) no estudo “ Compreendendo as necessidades e consequências do envelhecimento do consumidor ”, divulgado nesta quarta-feira. Com um mercado de consumo e serviços adaptado aos mais novos, empresas de diversos setores precisaram se repaginar para atingir esse novo público de terceira idade .
Mesmo que as adaptações sejam muito mais urgentes nos países mais desenvolvidos, no Brasil a idade já bate à porta. Em 35 anos, o mundo deverá ter mais pessoas com mais de 60 anos que menores de 15. No Brasil, essa inflexão é esperada já em meados de 2030.
Os principais setores afetados serão os de serviços e de bens de consumo, com destaque para os alimentos e cuidados pessoais. “As empresas vão ter de entender que o público idoso não será mais uma minoria”, afirma Carlos Higo, diretor da A.T. Kearney.
O brasileiro já larga com uma vantagem frente ao processo de envelhecimento da população nos países desenvolvidos. Uma vez que em países como Alemanha, França e Espanha esse processo já esta em estágio mais avançado, é possível trazer as experiências das empresas de lá, que já readaptaram sua forma de produzir e criar produtos.
Enriquecimento
A pesquisa aponta um enriquecimento da população idosa. Por exemplo, nos Estados Unidos os ativos financeiros de maiores de 50 anos respondem por 80% deste mercado. No ano passado, gastaram US$ 17 bilhões a mais em carros que os mais jovens, abaixo de 50 anos.
“Estamos assistindo a uma população idosa se desenvolver com melhore no poder aquisitivo”, diz Higo. A expectativa é que já em 2020, os idosos representem 15,4% do consumo nacional – em 2005 essa participação era de 9,7%.
Comportamento
O segundo viés de mudança está no comportamento. Ao contrário dos jovens, que têm larga disposição para sair, conduz carros e vive o cotidiano de forma independente, os mais velhos tendem a aumentar o uso do e-commerce.
“O brasileiro já gosta de tecnologia e é muito adeptos das compras pela internet”, diz Pietro Gandolfi, diretor da A.T. Kearney. Ao contrário do que têm sido visto, a próxima geração de idosos já viveu boa parte da idade ativa dentro do ambiente tecnológico, o que deve facilitar esse acesso. “O hábito de usar a tecnologia vai continuar com a geração”, afirma.
São Paulo – Estamos ficando mais velhos. Não só porque o tempo passa para todos, mas principalmente porque estamos mais saudáveis e temos menos filhos. Não por acaso, a expectativa de vida da população em geral vem aumentando.
Isso é o que a A.T. Kearney intitulou de Agequake (ou terremoto demográfico, em tradução livre para o português) no estudo “ Compreendendo as necessidades e consequências do envelhecimento do consumidor ”, divulgado nesta quarta-feira. Com um mercado de consumo e serviços adaptado aos mais novos, empresas de diversos setores precisaram se repaginar para atingir esse novo público de terceira idade .
Mesmo que as adaptações sejam muito mais urgentes nos países mais desenvolvidos, no Brasil a idade já bate à porta. Em 35 anos, o mundo deverá ter mais pessoas com mais de 60 anos que menores de 15. No Brasil, essa inflexão é esperada já em meados de 2030.
Os principais setores afetados serão os de serviços e de bens de consumo, com destaque para os alimentos e cuidados pessoais. “As empresas vão ter de entender que o público idoso não será mais uma minoria”, afirma Carlos Higo, diretor da A.T. Kearney.
O brasileiro já larga com uma vantagem frente ao processo de envelhecimento da população nos países desenvolvidos. Uma vez que em países como Alemanha, França e Espanha esse processo já esta em estágio mais avançado, é possível trazer as experiências das empresas de lá, que já readaptaram sua forma de produzir e criar produtos.
Enriquecimento
A pesquisa aponta um enriquecimento da população idosa. Por exemplo, nos Estados Unidos os ativos financeiros de maiores de 50 anos respondem por 80% deste mercado. No ano passado, gastaram US$ 17 bilhões a mais em carros que os mais jovens, abaixo de 50 anos.
“Estamos assistindo a uma população idosa se desenvolver com melhore no poder aquisitivo”, diz Higo. A expectativa é que já em 2020, os idosos representem 15,4% do consumo nacional – em 2005 essa participação era de 9,7%.
Comportamento
O segundo viés de mudança está no comportamento. Ao contrário dos jovens, que têm larga disposição para sair, conduz carros e vive o cotidiano de forma independente, os mais velhos tendem a aumentar o uso do e-commerce.
“O brasileiro já gosta de tecnologia e é muito adeptos das compras pela internet”, diz Pietro Gandolfi, diretor da A.T. Kearney. Ao contrário do que têm sido visto, a próxima geração de idosos já viveu boa parte da idade ativa dentro do ambiente tecnológico, o que deve facilitar esse acesso. “O hábito de usar a tecnologia vai continuar com a geração”, afirma.