Logo da Wikipedia: site é o quinto mais visitado do mundo (Carry Bass/Flickr)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 14h54.
Miami - Na véspera da comemoração do aniversário de 10 anos da Wikipedia, uma empresa propôs nesta sexta-feira um modelo de negócio com publicidade para garantir o futuro da enciclopédia digital utilizada por mais de 400 milhões de usuários no mundo todo.
Em vez de depender das doações voluntárias, Alex Konanykhin, fundador e presidente da WikiExperts.us, apresentou em Miami a primeira rede de escritores por contrato para editar de uma maneira rigorosa os conteúdos incluídos na Wikipedia.
Konanykhin afirmou que o modelo não comercial que é mantido só com doações limita a Wikipedia de depender exclusivamente de voluntários, perdendo assim oportunidades de incluir profissionais qualificados.
"Os colaboradores qualificados devem ser recompensados por seu tempo. A história demonstrou repetidas vezes que o trabalho gratuito não é o modelo de negócio ideal a longo prazo nem em grande escala", declarou Konanykhin.
No próximo sábado a Wikipedia vai comemorar seu aniversário de 10 anos, somando 26 milhões de artigos em 271 idiomas que transformam a enciclopédia digital no quinto site mais visitado no mundo.
Mas apesar de seu sucesso, a enciclopédia enfrenta muitas críticas justamente por ser editada por qualquer usuário, enquanto proíbe serviços pagos.
A tendência foi modificada pela empresa WikiExperts.us que desde o mês passado oferece seus serviços de uma rede de escritores por contrato a todas as empresas e entidades que cumprem com os requisitos da Wikipedia.
De acordo com Konanykhin, ao cobrar pela edição dos artigos e incluir publicidade em seu lugar, a Wikipedia asseguraria seu futuro financeiro e não dependeria das campanhas como a realizada no final do ano passado por Jimmy "Jimbo" Wales co-fundador da enciclopédia digital, na qual solicitava doações.
Nessa última campanha, na qual o rosto de Wales aparecia na primeira página do site, a Wikipedia conseguiu arrecadar US$ 16 milhões que serão destinados a investimentos em tecnologia.
Konanykhin explicou que o modelo de negócio não tem futuro e logo após citou o exemplo do Google, que alcança US$ 23 bilhões anuais em publicidade.