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Empresa da Embraer prepara gestão de tráfego aéreo para carro voador

Previsão é de que a médio e longo prazo, aviões, helicópteros e drones dividirão o espaço aéreo com veículos elétricos voadores

Aviação: mudança na mobilidade urbana deve ocorrer nos próximos anos, e a segurança das operações é o foco do projeto (David McNew/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de abril de 2019 às 20h16.

Última atualização em 3 de abril de 2019 às 20h16.

Rio - Depois do ar e da água, a Embraer sonha em conquistar a terra com seu carro voador, o eVTOL, que ainda não tem data para entrar em operação, mas já impulsiona estudos de um sistema para cuidar do tráfego aéreo urbano, hoje tomado apenas por aviões, helicópteros e drones, por uma subsidiária da companhia, a Atech.

Apesar de parecer ficção, o diretor de Tecnologia da Atech, Marcos Resende, avalia que no médio e longo prazo os grandes centros urbanos já poderão contar com meios de transporte como o eVTOL, um veículo elétrico de decolagem e pouso vertical que está sendo elaborado pela Embraer e que no horizonte de cinco anos para frente poderá estar fazendo parte da rotina das grandes cidades.

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"Enxergamos esse futuro. Essa aeronave (eVTOL) pode gerar demanda na mobilidade urbana no médio a longo prazo, e por isso já estamos nos preparando. Vamos ter aeronaves maiores, vamos ter helicópteros, drones, aviação geral. Vão ser muito setores que estarão voando nesse ambiente, que tem que ser gerenciado pelo trafego aéreo urbano", explicou Resende durante coletiva na LAAD 2019, maior feira das áreas de defesa e segurança da América Latina.

Ainda em fase de conceito, o projeto para fazer o controle do tráfego aéreo urbano conta com a experiência da Atech no tráfego aéreo tradicional. Os programas Sagitário e Sigma de controle de tráfego aéreo da Atech, por exemplo, foram desenvolvido em parceria com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), que já conheceu o projeto da Atech para o tráfego urbano.

Resende estima que a mudança na mobilidade urbana deve ocorrer "de cinco anos para frente", mas que é preciso desenvolver desde já o conceito e conseguir a certificação, para que quando ocorrerem as primeiras demandas a operação seja feita com total segurança.

"O desenvolvimento de uma aeronave dessas precisa de um processo longo, que tem que prever segurança. Já existem protótipos de aeronaves desse tipo voando no mundo, ainda sem certificação, mas ainda está longe do que imaginamos que possa ocorrer", avaliou o executivo.

A Atech - Embraer, criada há 10 anos, sempre teve uma atuação forte na área militar e recentemente venceu em consórcio a licitação da Marinha para construção de quatro Corvetas, ao valor de R$ 6,4 bilhões. Para o presidente da companhia, Edson Mallaco, o tráfego aéreo urbano, assim como a construção das corvetas abre um novo leque de oportunidades para a Atech.

"As corvetas abrem um novo horizonte, uma pareceria de longo prazo com a Marinha, e tem o potencial de alavancar muito a nossa internacionalização", afirmou Mallaco, que também participa da Laad 2019, que vai até sexta-feira, no Rio de Janeiro.

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