Boeing e Embraer confirmam negociações para potencial fusão
Em comunicado ao mercado, a Embraer afirmou que as "bases (de um acordo) ainda estão sendo discutidas"
EFE
Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 17h18.
Última atualização em 21 de dezembro de 2017 às 18h56.
São Paulo - As fabricantes de aeronaves Boeing e Embraer confirmaram nesta quinta-feira que estão em negociações para uma possível fusão, mas anteciparam que não necessariamente chegarão a um acordo.
O anúncio conjunto foi feito em uma nota oficial da empresa americana e em uma comunicação da companhia brasileira à Comissão do Mercado de Valores dos Estados Unidos (SEC), após o "The Wall Street Journal" divulgar uma notícia neste sentido.
O comunicado conjunto estabelece que as conversas estão destinadas a uma "combinação potencial" de seus negócios, com termos que "estão em discussão".
"Não há garantias de que estas discussões resultarão em uma transação", acrescenta o texto.
O texto, assinado em Chicago e São Paulo, diz que as duas empresas "não pretendem fazer comentários adicionais a respeito das discussões" além do comunicado em questão.
A nota também ressalta que "qualquer transação estaria sujeita à aprovação do governo brasileiro e agências reguladoras do Brasil, bem como dos respectivos conselhos e dos acionistas da Embraer".
A primeira notícia sobre estas negociações foram reveladas hoje pelo "The Wall Street Journal", citando fontes conhecedoras do caso.
De acordo com o jornal americano, as negociações buscam a possibilidade de a Boeing comprar a Embraer, o que reforçaria sua presença na América Latina e no mercado de jatos regionais.
Ainda segundo o "WSJ", as conversas atualmente estão à espera de comentários do governo brasileiro sobre uma possível fusão.
As fontes do jornal afirmaram que, com o objetivo de convencer as autoridades brasileiras, a Boeing estaria disposta a proteger a marca Embraer e estabelecer parâmetros para proteger os interesses de Brasília no ramo de defesa da companhia brasileira.
A notícia foi recebida com queda de 0,88% nas ações da Boeing em Nova York meia hora antes do fechamento do pregão, e as ADRs da Embraer, por outro lado, disparavam 21,8% no mesmo momento.