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Embraer anuncia novas parcerias no setor de Defesa

Uma das parcerias inclui a compra de 50 por cento do capital da Atech Negócios em Tecnologias por 36 milhões de reais, enquanto a segunda prevê a criação de uma joint-venture entre Embraer e AEL Sistemas

O anúncio acontece depois que a AEL Sistemas obteve um contrato de 85 milhões de dólares da Embraer para atualização de 11 aeronaves F-5 da Força Aérea Brasileira (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 20h27.

Rio de Janeiro - A Embraer fechou dois acordos que devem ajudar a empresa a se posicionar na disputa para o fornecimento do Sisfron, sistema de monitoramento das fronteiras brasileiras pelo Exército, e que consolidam a entrada da companhia no setor de controles e sistemas.

Uma das parcerias inclui a compra de 50 por cento do capital da Atech Negócios em Tecnologias por 36 milhões de reais, enquanto a segunda prevê a criação de uma joint-venture entre Embraer e AEL Sistemas, subsidiária no Brasil da israelense Elbit Systems, com controle acionário da Embraer para a venda de veículos aéreos não-tripulados.

No final de março, o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, havia antecipado em entrevista à Reuters que a empresa anunciaria "em semanas" uma aquisição na área de defesa.

No mesmo mês, a Embraer havia anunciado a aquisição de posição majoritária na divisão de radares da Orbisat, que já tem acordos em vigência com o Exército brasileiro, por 28,5 milhões de reais. A Orbisat desenvolveu, em parceria com o Exército, o radar SABER M60, que será a base do Sisfron.

De acordo com o presidente-executivo da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, as últimas movimentações da companhia têm "total relação" com o Sisfront. Além de parcerias e aquisições, a Embraer também deve buscar relacionamentos com fornecedores para satisfazer todos as exigências do programa, que inclui veículos blindados, afirmou Aguiar.

No caso da Atech, disse o executivo em entrevista coletiva na LAAD, principal feira de defesa da América Latina, a gestão da Atech permanecerá "totalmente independente" e a Embraer terá assento no Conselho de Administração da companhia com o objetivo de "discutir sinergias comerciais e, por que não, tecnológicas, para acelerarmos o crescimento da companhia."

Segundo Aguiar, o faturamento da Atech deve dobrar em 2011 após os 50 milhões de reais em vendas no ano passado. Para os próximos anos, o executivo disse esperar que a empresa registre crescimento de dois dígitos na receita.


Outro movimento anunciado pela Embraer também nesta terça-feira que deve ajudar a empresa na disputa pelo contrato do Sisfron, estimado em alguns bilhões de dólares, foi a parceria com a AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit Systems, para a entrada no mercado de veículos aéreos não tripulados (Vant).

Segundo Aguiar, os Vants também farão parte da proposta que a Embraer deve apresentar para o Sisfron. O executivo disse esperar que o Exército brasileiro envie ainda em 2011 a requisição de propostas (RFP, na sigla em inglês) para o Sisfron.

O acordo com a AEL prevê a possibilidade, segundo Aguiar, bastante alta, de a Embraer adquirir participação acionária na AEL. Ele acrescentou, no entanto, que isso depende ainda de estudos que estão sendo realizados.

Aguiar afirmou que, no momento, o acordo com a AEL ainda não envolve "valores monetários" e avaliou ser "prematuro" falar em tamanho de mercados de Vants no Brasil.

O anúncio acontece depois que a AEL Sistemas obteve um contrato de 85 milhões de dólares da Embraer para atualização de 11 aeronaves F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Embraer anunciou também a assinatura de um memorando de cooperação com a empresa Santos Lab, focada na fabricação de mini veículos não-tripulados. De acordo com Aguiar, a Santos Lab é uma empresa ainda em fase de estruturação e, no momento, o acordo entre as duas empresas é apenas de cooperação técnica.

Os acordos da Embraer no segmento de defesa acontecem em um momento de consolidação dessa indústria no Brasil. A Odebrecht lançou no início de abril uma empresa no segmento após a compra da brasileira Mectron Engenharia, fabricante de mísseis e de produtos de alta tecnologia para o mercado aeroespacial, como radares, sistemas de aviação e de comunicação, controle e comando.

Aguiar reconheceu que a Embraer Defesa e Segurança vem analisando oportunidades de aquisições e parcerias, mas adiantou que, por ora, não espera que a empresa vá novamente às compras.

"Estamos com uma pequena equipe de fusões e aquisições dentro da empresa, mas não espero que tenhamos algo no curto prazo a respeito disso," declarou.

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Rio de Janeiro - A Embraer fechou dois acordos que devem ajudar a empresa a se posicionar na disputa para o fornecimento do Sisfron, sistema de monitoramento das fronteiras brasileiras pelo Exército, e que consolidam a entrada da companhia no setor de controles e sistemas.

Uma das parcerias inclui a compra de 50 por cento do capital da Atech Negócios em Tecnologias por 36 milhões de reais, enquanto a segunda prevê a criação de uma joint-venture entre Embraer e AEL Sistemas, subsidiária no Brasil da israelense Elbit Systems, com controle acionário da Embraer para a venda de veículos aéreos não-tripulados.

No final de março, o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, havia antecipado em entrevista à Reuters que a empresa anunciaria "em semanas" uma aquisição na área de defesa.

No mesmo mês, a Embraer havia anunciado a aquisição de posição majoritária na divisão de radares da Orbisat, que já tem acordos em vigência com o Exército brasileiro, por 28,5 milhões de reais. A Orbisat desenvolveu, em parceria com o Exército, o radar SABER M60, que será a base do Sisfron.

De acordo com o presidente-executivo da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, as últimas movimentações da companhia têm "total relação" com o Sisfront. Além de parcerias e aquisições, a Embraer também deve buscar relacionamentos com fornecedores para satisfazer todos as exigências do programa, que inclui veículos blindados, afirmou Aguiar.

No caso da Atech, disse o executivo em entrevista coletiva na LAAD, principal feira de defesa da América Latina, a gestão da Atech permanecerá "totalmente independente" e a Embraer terá assento no Conselho de Administração da companhia com o objetivo de "discutir sinergias comerciais e, por que não, tecnológicas, para acelerarmos o crescimento da companhia."

Segundo Aguiar, o faturamento da Atech deve dobrar em 2011 após os 50 milhões de reais em vendas no ano passado. Para os próximos anos, o executivo disse esperar que a empresa registre crescimento de dois dígitos na receita.


Outro movimento anunciado pela Embraer também nesta terça-feira que deve ajudar a empresa na disputa pelo contrato do Sisfron, estimado em alguns bilhões de dólares, foi a parceria com a AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit Systems, para a entrada no mercado de veículos aéreos não tripulados (Vant).

Segundo Aguiar, os Vants também farão parte da proposta que a Embraer deve apresentar para o Sisfron. O executivo disse esperar que o Exército brasileiro envie ainda em 2011 a requisição de propostas (RFP, na sigla em inglês) para o Sisfron.

O acordo com a AEL prevê a possibilidade, segundo Aguiar, bastante alta, de a Embraer adquirir participação acionária na AEL. Ele acrescentou, no entanto, que isso depende ainda de estudos que estão sendo realizados.

Aguiar afirmou que, no momento, o acordo com a AEL ainda não envolve "valores monetários" e avaliou ser "prematuro" falar em tamanho de mercados de Vants no Brasil.

O anúncio acontece depois que a AEL Sistemas obteve um contrato de 85 milhões de dólares da Embraer para atualização de 11 aeronaves F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Embraer anunciou também a assinatura de um memorando de cooperação com a empresa Santos Lab, focada na fabricação de mini veículos não-tripulados. De acordo com Aguiar, a Santos Lab é uma empresa ainda em fase de estruturação e, no momento, o acordo entre as duas empresas é apenas de cooperação técnica.

Os acordos da Embraer no segmento de defesa acontecem em um momento de consolidação dessa indústria no Brasil. A Odebrecht lançou no início de abril uma empresa no segmento após a compra da brasileira Mectron Engenharia, fabricante de mísseis e de produtos de alta tecnologia para o mercado aeroespacial, como radares, sistemas de aviação e de comunicação, controle e comando.

Aguiar reconheceu que a Embraer Defesa e Segurança vem analisando oportunidades de aquisições e parcerias, mas adiantou que, por ora, não espera que a empresa vá novamente às compras.

"Estamos com uma pequena equipe de fusões e aquisições dentro da empresa, mas não espero que tenhamos algo no curto prazo a respeito disso," declarou.

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