Os trabalhadores acusam a direção da empresa, privatizada no ano passado, de perseguição política (Nadia Sussman/Bloomberg)
Agência de notícias
Publicado em 21 de julho de 2023 às 18h43.
Cerca de 600 manifestantes, entre trabalhadores da Eletrobras e familiares, dirigentes sindicais e movimentos populares, protestaram nesta sexta-feira, 21, por mais de quatro horas na porta da sede da Eletrobras, no Centro do Rio de Janeiro. Os trabalhadores acusam a direção da empresa, privatizada no ano passado, de perseguição política e coação para a assinatura do plano de demissões da companhia.
"Por diversos descumprimentos do Acordo Coletivo de Trabalho, os sindicatos acionaram judicialmente o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e deflagraram greve de 72 horas nos dias 9, 10 e 11 de agosto", informou o Coletivo Nacional dos Eletricitários.
O Coletivo vem alertando há alguns dias sobre o processo administrativo de demissão por justa causa contra Ikaro Chaves, liderança nacional da luta contra a privatização e pela reestatização da Eletrobras. Segundo os eletricitários, o processo foi aberto por perseguição política. Chaves recebeu apoio de vários parlamentares, entre eles da presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-BA).
"O clima na empresa está péssimo, hostil. A condução irresponsável dos processos de demissão e reestruturação colocam em risco o sistema elétrico brasileiro", disse em nota o Coletivo Nacional dos Eletricitários, informando que os sindicalistas protocolaram as denúncias no Ministério de Minas e Energia (MME) e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).