Eletrobras compra energia livre de Belo Monte para financiamento
São Paulo - A Eletrobras confirmou nesta terça-feira que garantiu a compra da energia destinada ao mercado livre da usina hidrelétrica de Belo Monte como forma de garantir que sejam fechados os contratos de financiamento para a obra. As definições sobre o financiamento para a usina localizada no rio Xingu (PA), que deverá entrar em […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
São Paulo - A Eletrobras confirmou nesta terça-feira que garantiu a compra da energia destinada ao mercado livre da usina hidrelétrica de Belo Monte como forma de garantir que sejam fechados os contratos de financiamento para a obra.
As definições sobre o financiamento para a usina localizada no rio Xingu (PA), que deverá entrar em operação no final de 2014, poderão ser divulgadas ainda em agosto, segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado.
"A gente realmente já garantiu a compra de energia... É uma operação normal e pretendemos colocar essa energia no mercado", afirmou o executivo em teleconferência com analistas sobre o resultado da Eletrobras do segundo trimestre de 2010.
A Eletrobras faz parte do consórcio Norte Energia, que venceu o leilão da concessão de Belo Monte em 20 de abril com uma tarifa de 78 reais por megawatt-hora (MWh), deságio de 6 por cento ante o teto estipulado pelo governo de 83 reais.
A Eletrobras possui 18 sócios e ainda existe a possibilidade da entrada de novos parceiros no consórcio. A holding Eletrobras e suas controladas Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e Eletronorte têm juntas 49,98 por cento do grupo Norte Energia.
Leilões
A Eletrobras estará presente em leilões futuros de geração de energia, garantiu Casado, como o de fontes alternativas e de reserva previstos para o final de agosto.
"A nossa estratégia de investimento é participar da agregação física do mercado, participando (dos leilões) em toda a extensão. Em todos os leilões, participamos de praticamente todos os lotes", disse o diretor de Relações com Investidores da companhia.
Segundo ele, a empresa não venceu em nenhum dos lotes do último leilão de geração, em 30 de junho, porque "o leilão não cobriu nosso custo de capital próprio, não remuneraria o acionista".
A Eletrobras fez uma avaliação interna, disse Casado, para as usinas de Colíder (MT) e Ferreira Gomes (AP). "Mas as usinas não chegavam ao custo do capital que a gente vende (energia) para o mercado", disse.
A Copel ficou com a usina de Colíder, enquanto a Alupar venceu para Ferreira Gomes. A Triunfo, por sua vez, venceu o leilão para a hidrelétrica de Garibaldi (SC).
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