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Ele fez R$ 17 no primeiro dia de vendas de hortaliças. Hoje, fatura mais de R$ 18 milhões

Neste ano, a expectativa é de que o resultado avance mais de 60% e a Ouro Verde encerre com 26 milhões de reais.

Alderlan Sampaio, fundador da Campo Ouro Verde: agregar valor aos nossos produtos é essencial para continuar crescendo (Campo Ouro Verde/Divulgação)
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 17 de abril de 2023 às 09h00.

O empreendedor Alderlan Sampaio começou vender hortaliças muito cedo, um ofício que a família compartilhava há anos. Com 9 anos de idade, já andava pelas ruas cearenses anunciando alface, coentro, salsa, entre outras opções. Hoje, ele é o dono da empresa Campo Ouro Verde, especialista na comercialização de hortaliças em Fortaleza, região metropolitana da capital cearense e algumas cidades do Piauí.

No ano passado, a empresa faturou R$ 18 milhões. O negócio foi aberto em 2014 quando ele decidiu deixar de ser um funcionário do irmão, com negócio no mesmo ramo, e empreender por conta própria.Pegou uma bicicleta, comprou as hortaliças de produtores da região e no primeiro dia fez apenas R$ 17,00. Continuou.

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Da bicicleta, mudou para uma moto, depois um carro e hoje tem uma frota com mais de 20 veículos. Em março passado, as vendas superaram o valor de R$ 1,7 milhão.Neste ano, a expectativa é de que o resultado avance mais de 40% e a Ouro Verde encerre os dozes meses com 26 milhões de reais.

Como funciona o negócio

A Campo Ouro Verde atua no meio da cadeia do mercado de hortaliças. Ela fecha acordo com os produtores rurais para a aquisição das verduras e legumes, faz o processo de higienização, embala e distribui, principalmente, para supermercados e restaurantes. Atualmente, são mais de 170 estabelecimentos.

Desde 2020, o negócio cresceu em ritmo acelerado. Ano a ano, tem registrado alta de 50%. Para expandir a operação em um setor altamente commoditizado, Sampaio procurou criar pontos de diferenciação em relação aos concorrentes.

No portfolio, coloca à venda mais de 26 hortaliças, todas in natura. Entre elas, agrião comum, alecrim, alface americano, alho poró, boldo, cebolinha, cidreira, coentro, cebola, alho e quiabo.  “A gente não vende nenhum processado, não é hábito no ceará ter processados”, afirma Sampaio.

Como a empresa quer seguir crescendo

O próximo passo na estratégia é adicionar mais verduras e legumes à cartela de ofertas e ir além dos produtos in natura. Nos próximos meses, começa a oferecer opções já embaladas, como pimenta de cheiro, quiabo e brócolis.

O teste será acompanhado por uma nova tecnologia a empresa desenvolveu em casa para ampliar a duração dos produtos nas prateleiras e geladeiras. Batizado de “Extendlife”, a substância natural funciona como uma película de proteção aos vegetais e para frutas.

Com a ação, ela reduz bolores, leveduras e bactérias láticas e contribui para prolongar o tempo de vida das hortaliças. A empresa patenteou a substância e agora espera a liberação da Anvisa para uso e comercialização.

Caso dê certo, será importante para os planos que a empresa tem de entrar na venda de frutas. Como o setor tem custos mais elevados e diferença no modelo de precificação, iniciar a operação oferecendo as frutas mais resistentes pode ser um diferencial e tanto.

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