Ela se divorciou e ficou endividada. Hoje, é sócia de franquia de limpeza que fatura R$ 130 milhões
Juliana Pitelli tinha dois empregos quando se tornou vendedora da rede de limpeza Maria Brasileira em São José do Rio Preto
Isabela Rovaroto
Publicado em 14 de dezembro de 2022 às 05h48.
Última atualização em 14 de dezembro de 2022 às 08h45.
As histórias de superação estão presentes na trajetória de muitas empreendedoras. Aos 44 anos, Juliana Pitelli já passou por um divórcio conturbado, dívidas e uma rotina com dois empregos. Há 10 anos, ela escreve uma história de sucesso na franquia Maria Brasileira, o que a levou a se tornar sócia da maior rede de franquias de limpeza residencial e empresarial do Brasil.
Criada em 2012, a Maria Brasileira está presente em todas as regiões do Brasil com mais de 450 unidades, oferecendo serviços de limpeza residencial, limpeza empresarial, passadeira, limpeza pós-obra,sanitização, copeira e zeladoria. A rede fatura R$130 milhões e a expectativa é bater a marca de 500 unidades em 2023.
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Quem é a empreendedora
Filha de pai caminhoneiro e mãe dona de casa, Pitelli nasceu na capital paulista, mas viveu a vida toda no interior. Formada em Letras, mudou-se para São José do Rio Preto em 2000, para ajudar o irmão em um novo projeto. Ela ocupou o cargo de vendedora e se especializou em vendas de vidros de carros, gerenciando a área de relacionamento com seguradoras da empresa.
Tudo mudou depois de 12 anos. O irmão encerrou o contrato com as seguradoras e, sem volume de vendas, precisou deixar o cargo. Na mesma época, quando Pitelli estava se divorciando e morando de favor com a sua filha na casa de um amigo, o irmão emprestou dinheiro e ela conseguiu dar entrada em um apartamento na cidade.
Para pagar a dívida em um ano, ela resolveu trabalhar em dois turnos. Enquanto cumpria aviso prévio, foi buscar emprego em restaurantes da cidade para que pudesse, com dois salários.
“Estipulei a meta de em um ano pagar a dívida. Cheguei em uma pizzaria e perguntei se havia vaga para o período noturno. Fiz o teste para garçonete, algo que nunca havia trabalhado na vida, e passei. Enquanto isso também enviava currículos para atuar durante o dia, quando achei uma vaga de recepcionista e resolvi me inscrever, sem nem saber de que empresa se tratava”, diz.
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A vaga de recepcionista era na empresa de serviços de limpeza Maria Brasileira. Ao chegar no RH, descobriu que a vaga havia sido preenchida, mas que tinha uma outra para vendedora e ela se encaixava no perfil. Em 2013, ela entrou para a equipe de expansão da rede Maria Brasileira.
"Agradeço a oportunidade que a Maria Brasileira me deu lá atrás. Eu passei no processo seletivo e sei que eles poderiam ter contrato alguém com um contexto de vida menos complicado do que o meu", diz a vendedora.
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A história na Maria Brasileira
A história de Pitelli está ligada ao crescimento da Maria Brasileira e sua entrada para o franchising. Naquele ano, ela entrou na equipe de expansão da rede e continuou trabalhando como garçonete.
“Durante um ano eu trabalhava de dia na Maria Brasileira e antes de sair já colocava o uniforme da pizzaria para ir direto. No primeiro mês eu vendi quatro franquias e percebi que essa era a oportunidade da minha vida. Desde que entrei, sempre fui a melhor vendedora, em todos os meses da minha história aqui. Ganhei todos os prêmios e continuo ganhando, justamente por isso conquistei, em 2016, o cargo de gerência do setor”, diz.
Em novembro de 2020, Juliana foi convidada para se tornar sócia da rede e, no ano seguinte, assumiu o cargo.
“Realizei grandes sonhos da minha vida: hoje tenho imóveis, visitei vários países e consigo manter minha filha na universidade, tudo isso sem perder minha essência. Sempre amei a marca como se fosse minha”, diz.
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A franquia Maria Brasileira
Além de continuar atuando nas vendas, atualmente Juliana mantém relacionamento direto com os franqueados.
A rede de serviços de limpeza conta hoje com cinco modelos de negócio de acordo com o tamanho da cidade. Entre os modelos home based, o investimento inicial varia entre R$ 42,9 mil a R$ 70,9 mil. O prazo de retorno médio é de 14 meses e o faturamento médio de cada unidade varia entre R$ 40 mil a R$ 60 mil.
A loja física para cidades acima de 100 mil habitantes tem um investimento inicial de R$ 84,9 mil, com faturamento médio de R$ 60 mil e prazo de retorno de 14 meses.
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