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Ela criou uma coleira especial para ajudar cães cegos e hoje vende para todo o Brasil

Equipamento Blindog, desenvolvido pela engenheira potiguar Luana Wandecy, revoluciona a vida de cães com deficiência visual

Luana Wandecy, criadora do BlindDog: coleira que ajuda cães cegos a desviar de obstáculos.
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Publicado em 27 de novembro de 2024 às 09h37.

A cadelinha Princesa sempre foi a companheira inseparável da potiguar Luana Wandecy, de 34 anos. Com o passar do tempo, a pet começou a perder progressivamente a visão, esbarrando em móveis e paredes de casa. De tanto bater a cabeça, Princesa desenvolveu um problema neurológico e, já no fim da vida, não conseguia mais reconhecer a tutora. “Foi muito triste. Mexeu não só comigo, mas com toda nossa família. Essa cachorrinha era nosso xodó”, recorda Luana.

O nascimento do Blindog

O drama de Princesa inspirou Luana, engenheira de computação, a criar um equipamento capaz de transformar a vida de cães cegos: o Blindog. O dispositivo, semelhante a uma coleira, emite alertas vibratórios ao identificar obstáculos próximos. “Esses alertas são assimilados aos poucos pelo cão, reduzindo significativamente os acidentes”, explica a engenheira.

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Entre o desenvolvimento e o lançamento do produto, em 2018, Luana realizou mais de 30 testes com cães cegos ao longo de dois anos. “Da ideia inicial às reformulações, foram vários ajustes, investimentos em peças novas e viagens a São Paulo em busca de ferramentas”, conta. “Mesmo depois de começar a vender, reinvestíamos todo o dinheiro em pesquisa.”

Superando desafios

Apesar das dificuldades, Luana nunca desistiu do projeto. “Sabia que muitos tutores enfrentavam a mesma dor que vivi com Princesa”, explica. Após extensas pesquisas de mercado e conversas com veterinários e tutores, ela percebeu que não havia produtos no mercado para atender essa demanda.

O grande marco para o Blindog aconteceu em 2018, quando Luana participou do programa Altas Horas, na Rede Globo. A apresentação foi realizada em parceria com o Sebrae e trouxe visibilidade nacional ao produto.

“Depois dessa aparição, começamos a vender para todo o Brasil. O que parecia um pico temporário de vendas se manteve estável, graças ao boca a boca entre donos de cães com deficiência visual”, celebra.

Planos futuros

Além da exposição em rede aberta, o Sebrae trouxe outros benefícios para o negócio. “Os cursos me ajudaram a analisar o mercado, criar conexões e identificar parceiros importantes”, explica Luana.

Agora, a engenheira busca expandir sua marca. “Estou desenvolvendo o Blindog para gatos com deficiência visual e quero que minha empresa seja reconhecida como um case de tecnologia para o bem-estar animal.”

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