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Eike diz que EBX terá mais US$2 bi em caixa até fim do ano

Empresário afirmou que o caixa da EBX - atualmente em 9 bilhões de dólares - poderá receber uma injeção adicional de capital até o fim do ano, mas não revelou de onde viria


	Eike Batista no Rio de Janeiro: empresário disse que está pensando sobre o que fazer com sua participação na OSX Brasil
 (Gabriel Rinaldi/EXAME.com)

Eike Batista no Rio de Janeiro: empresário disse que está pensando sobre o que fazer com sua participação na OSX Brasil (Gabriel Rinaldi/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 22h25.

São Paulo - O empresário Eike Batista afirmou nesta quinta-feira que entrarão 2 bilhões de dólares no caixa de seu conglomerado de energia, mineração e construção naval EBX até o fim do ano.

Em apresentação para executivos em um evento da indústria de tecnologia em São Paulo, Eike disse que o caixa da EBX --atualmente em 9 bilhões de dólares-- poderá receber uma injeção adicional de capital até o fim do ano, mas não revelou de onde o dinheiro viria.

Mais tarde, falando a repórteres no lado de fora do evento, ele comparou a operação a um "Kinder Ovo", sem explicar o que quis dizer. Ele fez o comentário após repórteres questionarem se o dinheiro seria o pagamento da venda da AUX, sua empresa de extração de ouro.

A Reuters informou em 24 de setembro que Eike estava perto de vender 49 por cento da AUX para a Catar Holding , braço de investimento do fundo soberano do Catar. Três fontes do setor bancário disseram à Reuters naquela época que a venda estava avaliada em cerca de 2 bilhões de dólares.

Eike vendeu uma participação de quase 1 por cento da EBX para o Abu Dhabi Investment e a General Electric por 300 milhões de dólares em maio. O negócio avaliou a holding em 38 bilhões de dólares na época.


Eike é o homem mais rico do país, segundo a revista Forbes, que em março avaliou a sua fortuna em cerca de 30 bilhões de dólares. Uma queda no valor de algumas de suas empresas listadas reduziu a sua riqueza em quase 5 bilhões de dólares desde então, de acordo com cálculos da Thomson Reuters.

Falando a jornalistas, Eike disse que está pensando sobre o que fazer com sua participação na OSX Brasil, já que o prazo para a empresa de construção naval vender ações para ele se aproxima.

Se a empresa exercer tal opção, ele corre o risco de ultrapassar um limite de 75 por cento de propriedade acordada entre a bolsa e a OSX no momento da listagem.

Sob os termos da opção, Eike teria que comprar as ações a um preço de 32 reais cada uma em março. Nesta quinta-feira, o papel da OSX caiu 0,2 por cento, para 12 reais.

Questionado sobre se a opção pode forçá-lo a reduzir a sua participação na OSX para evitar ultrapassar o limite de propriedade, ele disse: "Bem, eu tenho que ver. Talvez reduzir, certo?" E acrescentou que "pode ter que pensar em uma venda estratégica, um segundo ou terceiro leilão, eu não sei ainda." Eike também negou relatos recentes na mídia de que ele poderia ter acertado a fusão da OSX com a Sete Brasil, uma empresa de construção naval controlada por um grupo de parceiros, incluindo o banco local de investimentos Grupo BTG Pactual, em troca de uma participação.

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