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Eike admite erro e afirma que vai voltar com novos negócios

Em entrevista ao Valor Econômico, empresário fez balanço do fracasso das empresas X, mas afirma que vai voltar


	Eike Batista: "ninguém no mundo tem mais de 60% de uma empresa de petróleo"
 (Jonathan Alcorn/Bloomberg)

Eike Batista: "ninguém no mundo tem mais de 60% de uma empresa de petróleo" (Jonathan Alcorn/Bloomberg)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 17 de março de 2015 às 10h10.

São Paulo - Eike Batista já figurou como a pessoa mais rica do Brasil e a sétima mais rica do mundo - com fortuna estimada pela Forbes em 30 bilhões de dólares. Hoje, seu patrimônio está negativo em pelo menos 1 bilhão dólares, segundo avaliação do próprio empresário, que há mais de dois anos vem sofrendo uma série de derrocadas no mercado.

Eike detinha o controle de todas as empresas que formavam a holding EBX, entre elas a OGX, grande aposta de seus negócios, que está em processo de recuperação judicial. Em entrevista ao Valor Econômico, desta terça-feira, o ex-bilionário admitiu erros, sabe que está queimado no mercado, mas não descarta a possiblidade de investir em novas operações.  

“Eu tenho ‘call’ para voltar e se eu ‘engenheirar’ o negócio porque eles (o fundo soberano) não sabem mexer com essa coisa de mundo real, então, eu tenho a chance real de buscar um novo sócio operador”, disse Eike ao Valor. 

Atualmente, o Mubadala, fundo soberano de Abu Dahbi, tem o controle de boa parte dos negócios fundados pelo empresário. Eike detém participações minoritárias em algumas das operações. 

Entre os arrependimentos, Eike lamenta ter apostado no mercado de petróleo, também acha que foi um erro abrir o capital de suas empresas na bolsa ao invés de buscar sócios estratégicos, além de ter concentrado o controle das companhias em suas mãos.  

 “Ninguém no mundo tem mais de 60% de uma empresa de petróleo”, disse o empresário ao jornal.  

Novos investimentos

Eike preferiu não dar detalhes em quais tipos de negócios planeja investir. Apenas falou da parceria fechada com a empresa sul-coreana C.L. Pharm - famosa por desenvolver remédio contra impotência sexual.

Em novembro do ano passado, o empresário e a farmacêutica teriam fechado um contrato avaliado em 12 milhões de dólares para a fabricação do medicamento na América do Sul. 

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