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EDF faz pedido de equipamentos para projeto eólico na Bahia

Depois de finalizado, o parque eólico elevará a capacidade instalada da Vestas na Bahia para 700 MW

Energia eólica: equipamentos serão fornecidos pela dinamarquesa Vestas (Getty Images/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 14h23.

São Paulo - A EDF EN do Brasil - braço do grupo francês EDF - fez um pedido firme e incondicional de equipamentos para geração de 117 megawatts (MW) para a segunda fase do projeto Ventos da Bahia, que será construído na Região Nordeste do Estado da Bahia.

O pedido inclui o fornecimento e a instalação de 53 unidades de turbinas (modelo V110-2.2 MW) que serão fabricadas no Brasil, de acordo com as regras de conteúdo local estabelecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Os equipamentos serão fornecidos pela Vestas, empresa dinamarquesa fabricante de turbinas eólicas. Depois de finalizado, o parque eólico elevará a capacidade instalada da Vestas na Bahia para 700 MW.

O acordo também inclui um contrato de serviço de Gerenciamento de Produção Ativa 4000 (AOM4000), com duração total de 15 anos. A entrega de turbinas eólicas está prevista para começar no primeiro trimestre de 2018. O comissionamento está previsto para o terceiro trimestre de 2018.

"A EDF-EN é uma parceira sólida que sempre decide pela melhor e mais confiável tecnologia. Estamos ansiosos para entregar o projeto e continuar a fortalecer a parceria com a EDF-EN", afirmou o presidente da Vestas Brasil, Rogério Zampronha, em nota.

A encomenda ajudará a aliviar o momento desfavorável para a cadeia produtiva do setor de energias de fontes renováveis, já que o leilão de energia de reserva, importante instrumento de política industrial do setor, foi cancelado de última hora pelo governo federal.

O governo decidiu, no dia 14 de dezembro, cancelar o leilão para contratação de energia de reserva marcado para o dia 19 do mesmo mês. O leilão contrataria energia proveniente de projetos eólicos e solar fotovoltaicos.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo Pedrosa, afirmou na ocasião que a licitação não se justificaria em um momento de excesso de energia no mercado.

Segundo ele, as projeções do governo para a demanda futura de energia consideravam um crescimento maior do consumo, que não se concretizou.

Por outro lado, o cancelamento do leilão frustrou a cadeia produtiva, que considerava a licitação um mecanismo de suporte para as atividades setoriais frente a perspectiva de aumento da ociosidade dessa indústria nos próximos anos.

De acordo com cálculo da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o leilão poderia destravar até R$ 8 bilhões em projetos eólicos privados.

Ao abortar a iniciativa, o governo deixou de estimular investimentos que poderia ajudar a reanimar a economia, na visão da associação.

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