A alemã E.ON recorrerá na próxima semana das condições impostas pela Comissão Nacional de Energia (CNE) espanhola para a aprovação da oferta pública de aquisição feita pela companhia à Endesa, de acordo com o espanhol El País.

O recurso será apresentado ao Ministério da Indústria da Espanha. A ação é a última tentativa de evitar uma ação judicial contra as medidas impostas para aquisição da elétrica Endesa. O ministério teria o prazo máximo de três meses para decidir sobre o recurso.

A operação foi aprovada pela CNE na quinta-feira passada (27/7). Para tanto, a comissão impôs 19 condições à companhia. Entre elas, a venda de um terço da capacidade de geração de energia da Endesa na Espanha. A E.ON deveria também ceder a gestão das centrais nucleares nas quais a espanhola detém participação. Além disso, teria de garantir os investimentos da Endesa no setor de tranporte e distribuição de energia e gás.

A Comissão Européia está analisando as mais de 400 páginas que as autoridades espanholas enviaram no último sábado (29/7), em caráter informativo e não oficial, para determinar a legalidade da resolução adotada pela CNE.

A espanhola Iberdrola, também atuante no mercado elétrico, informou o El País, recorreu da decisão da Comissão Européia (CE) que autorizou a oferta da E.ON sobre a Endesa. A companhia avalia que a operação deveria ser analisada com mais atenção. Segundo a empresa , devido à importância da Endesa e da E.ON no mercado em que atuam, a fusão deveria ser avaliada não somente do ponto de vista da concorrência, mas considerando o futuro do mercado de eletricidade e gás na Europa.