Dona da Peugeot discute acordo para comprar marca europeia da GM
GM e PSA, francesa fabricante dos carros Peugeot, Citroën e DS, disseram que estavam estudando uma série de "iniciativas estratégicas"
Reuters
Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 14h36.
Londres / Frankfurt - A montadora francesa PSA Group, dona da Peugeot, está discutindo a compra das operações europeias da General Motors , tornando a montadora francesa a segunda maior da região e permitindo que a GM se concentre na América do Norte e na China.
Em declarações separadas, a GM, proprietária das marcas Vauxhall e Opel, e a francesa fabricante dos carros Peugeot, Citroën e DS, disseram que estavam estudando uma série de "iniciativas estratégicas" com o objetivo de aumentar a rentabilidade e a eficiência operacional, incluindo uma potencial aquisição da Opel.
"Não há garantia que um acordo será alcançado", acrescentaram as empresas. Não ficou imediatamente claro quanto a GM pode querer pelo negócio deficitário europeu.
Para a PSA e para a Opel, ambas atuantes principalmente na Europa, é uma rara oportunidade de expandir em um setor afetado por custos elevados, margens baixas e uma forte concorrência.
A GM e a PSA já compartilharam a produção de vans comerciais e desenvolveram plataformas de veículos comuns, uma herança da última tentativa de formar uma aliança mais ampla, que foi desfeita em 2013 com a venda da participação da montadora norte-americana na PSA.
A GM não conseguiu tornar a Opel rentável mesmo depois de fechar as fábricas da Opel na Bélgica e na Alemanha e retirar as marcas Saab e Chevrolet das vendas. A última vez que a Opel e a Vauxhall registraram lucro líquido foi em 1999.
Em conjunto, a PSA e a Opel teriam uma participação de 16,3 por cento no mercado europeu de automóveis de passeio, em comparação com os 24,1 por cento da Volkswagen, com base nos dados de 2016. Eles ultrapassariam a Renault como o rival mais próximo da montadora alemã.
Para a GM, a venda da Opel e da Vauxhall, que adicionaram quase 1 milhão de carros às suas vendas, pode significar abandonar a corrida mundial por volumes na qual está atualmente em terceiro lugar, atrás da Volkswagen e da Toyota, com pouco mais de 10 milhões de veículos entregues no ano passado.
Vender a Opel liberará a GM para investir mais no desenvolvimento de veículos para os mercados norte-americano e chinês, origem de quase todos os seus lucros automotivos, bem como para expandir novos negócios, como veículos autônomos e comércio conectado.