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Dois executivos da JBS podem substituir Wesley, dizem fontes

Na véspera, o conselho da JBS se reuniu após a prisão de Wesley, mas deixou a discussão sobre sucessão no comando para uma reunião posterior

JBS: os advogados de Wesley e de seu irmão Joesley pediram habeas corpus nesta quinta-feira (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 16h06.

São Paulo - Dois executivos da JBS são tidos dentro da empresa como possíveis candidatos a substituir o presidente-executivo, Wesley Batista , que foi preso na véspera, disseram duas fontes a par do assunto à Reuters.

Um é Gilberto Tomazoni, chefe de operações, um executivo próximo de Wesley desde que se juntou à JBS em 2013. Ele já foi vice-presidente da unidade brasileira da Bunge e diretor da Sadia até 2009, antes da fusão que criou a BRF.

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Outro candidato é o presidente do conselho da JBS, Tarek Farahat, ex diretor da Procter & Gamble para a América Latina. Ele se juntou à JBS há dois anos para liderar o mercado de alimentos processados. Tomazoni e Farahat se recusaram a comentar o assunto.

Na véspera, o conselho da JBS se reuniu após a prisão de Wesley, mas deixou a discussão sobre sucessão no comando para uma reunião posterior, disse uma fonte familiarizada com a empresa.

Os advogados de Wesley e de seu irmão Joesley pediram habeas corpus nesta quinta-feira. Ambos são acusados de insider trading, uso de informação privilegiada para lucrar no mercado financeiro. Ambos foram acusados de vender ações da JBS antes de um acordo de leniência em maio, no qual confessaram subornar políticos. Essa confissão derrubou as ações da empresa.

A JBS não quis comentar sobre o assunto.

As ações da JBS subiam 5,3 por cento às 14h51, maior alta do papel em três semanas, com investidores apostando que as prisões dos irmãos Batista reforçarão as tentativas do banco de desenvolvimento BNDES para substituir os administradores.

O braço de investimento do banco, a BNDESPar, que detém 21 por cento da JBS, vem pleiteando um novo presidente com apoio de outros minoritários, defendendo que a família Batista, que detém 42 por cento da JBS, seja impedida de votar sobre o tema em assembleia de acionistas. A disputa foi enviada à arbitragem em 1 de setembro.

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