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Dívida líquida da Oi sobe para R$ 32,557 bi no 1º trimestre

Houve aumento de 6,5% em relação ao quarto trimestre de 2014 e de 7,5% ante os três primeiros meses do ano passado


	Loja da Oi em São Paulo: a empresa registrou ainda dívida bruta consolidada de R$ 34,637 bilhões no primeiro trimestre
 (Divulgação)

Loja da Oi em São Paulo: a empresa registrou ainda dívida bruta consolidada de R$ 34,637 bilhões no primeiro trimestre (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 09h34.

Rio - A dívida líquida da Oi somou R$ 32,557 bilhões no primeiro trimestre deste ano, aumento de 6,5% em relação ao quarto trimestre de 2014 e de 7,5% ante os três primeiros meses do ano passado, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira, 07, pela companhia.

De acordo com a operadora, o crescimento na comparação com o trimestre imediatamente anterior ocorreu principalmente em função do pagamento anual da taxa para o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) de manutenção, do pagamento não-recorrente de imposto sobre os juros sobre capital próprio intercompany (entre empresas do grupo), dos quais a maior parte será revertida para a Oi como crédito fiscal no futuro, e das despesas financeiras.

Além disso, a tele informou que o capital de giro aumentou, impactado pelo atual ambiente macroeconômico mais adverso.

A empresa registrou ainda dívida bruta consolidada de R$ 34,637 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 4% na comparação com os três últimos meses de 2014 e de 0,5% comparativamente ao mesmo trimestre do ano anterior.

A parcela da dívida em moeda estrangeira representou 51,8% da dívida total no primeiro trimestre, praticamente sem exposição a flutuações do câmbio (abaixo de 0,1%). O prazo médio da dívida é de aproximadamente 3,7 anos.

Conforme mencionado no último trimestre, a empresa destacou que os acionistas da Oi e da Portugal Telecom SGPS aprovaram a venda da PT Portugal.

"Portanto, até que a venda seja concluída, os ativos e passivos da PT Portugal são classificados como ativos mantidos para venda e passivos associados a ativos mantidos a venda, respectivamente, não fazendo parte da dívida consolidada da Oi em 31 de março de 2015".

Investimentos

A operadora registrou capex (investimentos) de R$ 1,025 bilhão em bases consolidadas no primeiro trimestre de 2015, uma queda de 19,5% em relação ao primeiro trimestre de 2014 e de 7,5% comparado ao trimestre imediatamente anterior.

No mesmo período, os investimentos brasileiros realizados somaram R$ 984 milhões, 18,5% menores dos que o do mesmo período do ano anterior e 6,8% abaixo do registrado no quarto trimestre de 2014.

A Oi disse no relatório de resultados que está "dando continuidade ao compromisso da companhia na disciplina financeira e maior eficiência na alocação de capital, com foco na otimização da infraestrutura existente, avaliações mais granulares de investimentos, reformulações nos modelos de contratação de fornecedores e compartilhamento de infraestrutura."

No primeiro trimestre de 2015, R$ 829 milhões dos investimentos das operações brasileiras foram destinados à rede (ou 84,3% do total dos investimentos), aplicados principalmente na melhoria da rede fixa para o serviço de banda larga e TV paga, melhoria da qualidade da rede móvel 3G, otimização da infraestrutura de dados, e expansão da rede 4G.

"É importante destacar que os investimentos direcionados à expansão e melhoria da rede de fibra ótica (backbone) aumentaram tanto no comparativo anual quanto trimestral, o que reforça o comprometimento da Oi em melhorar continuamente sua infraestrutura, que é única no país", diz a empresa no relatório de resultados.

Arpu

A Oi informou ainda que a receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) no segmento móvel teve queda de 4,1% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 17,7. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve retração de 5,3%.

De acordo com a operadora, o resultado foi impactado pela redução nas tarifas de VU-M (interconexão móveis), mas parcialmente compensado pelo aumento na receita de dados e pelo volume de recargas no segmento pré-pago.

Excluindo a receita de interconexão, o ARPU móvel subiu 11,3% em relação ao primeiro trimestre de 2014 e 1,4% comparado aos últimos três meses do ano passado, "como resultado de iniciativas de rentabilização da base de clientes".

A empresa destacar "o êxito obtido" em melhorar o perfil de sua base de clientes, "tornando-a mais rentável e com menores taxas de churn (desligamentos), mesmo em um período de instabilidade da economia brasileira".

O Arpu do segmento residencial, por sua vez, alcançou R$ 77,6 no primeiro trimestre do ano, crescimento de 5,4% em relação ao mesmo período de 2014, e 3,1% na comparação com o último trimestre de 2014.

"Essa melhora é decorrente do reposicionamento das ofertas e do foco da companhia na convergência, por meio da oferta de serviços multiple-play (diversos serviços) para clientes novos e atuais, aliado a iniciativas de upselling (melhoria da venda)", diz a companhia.

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