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Direção da Renault trabalha ativamente para substituir Carlos Ghosn

"O Conselho de Administração tomará as decisões impostas desde que sejam reunidos os elementos necessários", disse a Renault

Carlos Ghosn: executivo que está preso no Japão ainda é presidente da Renault (Regis Duvignau/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 15h00.

Paris - A Renault confirmou nesta quinta-feira que trabalha "ativamente" em sua governança futura, horas depois que o Governo francês pediu a convocação de um Conselho de Administração para substituir o ainda presidente Carlos Ghosn, preso no Japão.

"O Conselho de Administração tomará as decisões impostas desde que sejam reunidos os elementos necessários" e enquanto isso, "a empresa funciona normalmente sob a responsabilidade da direção atual", destacou o grupo automobilístico francês em comunicado.

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Os encarregados de formalizar este anúncio sobre as futuras mudanças na cúpula foram o administrador responsável, Philippe Lagayette, e o presidente do comitê de nomeações, Patrick Thomas, que estão preparando essas mudanças com a intenção de "defender os interesses da empresa e reforçar a aliança Renault-Nissan".

O ministro francês de Economia, Bruno Le Maire, pediu ontem que a Renault (empresa da qual o Estado francês é o primeiro acionista, com 15,01% do capital) convoque seu conselho para substituir Ghosn, por considerar que a prisão, que deve se prolongar por pelo menos várias semanas, o impossibilita de exercer suas funções.

A Nissan, ao contrário da Renault, decidiu demitir Ghosn como responsável executivo imediatamente desde que foi detido em 19 de novembro em Tóquio, acusado de fraude fiscal, entre outras irregularidades.

As tensões entre os dois parceiros da aliança foram manifestadas nestes últimos dois meses.

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