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Desocupação nos prédios empresariais em SP triplicou desde 2000

São Paulo, 2 de maio (Portal EXAME) A desocupação nos prédios comerciais de alto padrão na cidade de São Paulo subiu para 21% no primeiro trimestre do ano. No encerramento de 2002, ela foi de 18% e desde 2000, mais que triplicou. O índice, na época, era de 7%, de acordo com levantamento da empresa […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

São Paulo, 2 de maio (Portal EXAME) A desocupação nos prédios comerciais de alto padrão na cidade de São Paulo subiu para 21% no primeiro trimestre do ano. No encerramento de 2002, ela foi de 18% e desde 2000, mais que triplicou. O índice, na época, era de 7%, de acordo com levantamento da empresa Jones Lang LaSalle. Muitos destes empreendimentos pertencem a fundos de pensão ou a fundos de investimento imobiliário, que têm pessoas físicas entre os cotistas.

Hoje, há cerca de 300 mil metros quadrados de área útil disponível na cidade em edifícios classificados como AA e A, os mais modernos e luxuosos do mercado. Para agravar a situação, os novos lançamentos devem bater recorde este ano, quando chegam ao mercado outros 270 mil metros quadrados, recorde histórico do setor.

De acordo com Anne Oliveira, coordenadora de pesquisa da Jones Lang LaSalle, o nível de desocupação só não é maior porque, com a compressão dos preços provocada pelo excesso de oferta, empresas que estavam instaladas em prédios mais simples estão aproveitando o momento para mudar para esses edifícios. Não há novas empresas chegando para se instalar na cidade. O movimento é de companhias trocando de lugar , diz ela, que acredita que a taxa de vacância pode chegar a 30% até o final do ano.

Nos empreendimentos classificados como AA, o metro quadrado, que era locado a 55 reais há um ano, estava por 51 reais no primeiro trimestre de 2003. Nos edifícios de classe A, a queda foi ainda maior. O preço da locação do metro quadrado caiu de 50 reais no início de 2002 para 39 reais.

Essa queda nos preços, porém, já está no limite. Podem ocorrer reduções pontuais, mas os administradores não continuarão operando com preços mais baixos.

Considerando os lançamentos que estão previstos para os próximos anos, o mercado só deve voltar à normalidade no início de 2004, quando o volume de novos estoques deve começar a diminuir. Porém, pelo levantamento da Jones Lang LaSalle, em 2005, se todos os lançamentos forem mantidos, um novo excesso de oferta pode ocorrer. Cerca de 160 mil metros quadrados devem chegar ao mercado em 2004, volume que deve se repetir no ano seguinte. Em 2006, porém, o número de novos lançamentos cai drasticamente, devendo surgir apenas 40 mil metros quadrados em novos escritórios de alto padrão.

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