Depois de Ferrero, gigante belga do chocolate também tem salmonela na fábrica
Barry Callebaut anunciou que especialistas detectaram a presença de salmonela em sua fábrica em Wieze, na Bélgica, onde a produção foi interrompida
AFP
Publicado em 30 de junho de 2022 às 10h54.
Última atualização em 30 de junho de 2022 às 11h15.
A empresa Barry Callebaut, gigante global no segmento de cacau e chocolates , anunciou nesta quinta-feira, 30, que especialistas detectaram a presença de salmonela em sua fábrica em Wieze, na Bélgica, onde a produção foi interrompida.
"Nossos especialistas identificaram a lecitina como a fonte da contaminação", informou a empresa em comunicado, depois de detectar salmonela "em um lote fabricado em Wieze", uma unidade de fabricação localizada a nordeste de Bruxelas.
No comunicado, a empresa anunciou que "todos os produtos de chocolate fabricados em Wieze após 25 de junho foram bloqueados" e que as linhas de produção "serão desinfetadas antes de reiniciar" a fabricação.
"A Barry Callebaut está em contato com todos os clientes que possam ter recebido produtos contaminados. A produção está suspensa até novo aviso", segundo o comunicado.
Um porta-voz da companhia disse à AFP que "a maioria dos produtos contaminados ainda está na fábrica da Wieze" e uma pequena quantidade "com nossos clientes".
A empresa já entrou em contato com 73 clientes para garantir "que não haja contaminação dos consumidores".
A fábrica em Wieze, que a empresa considera ser a maior do gênero em todo o mundo, não produz chocolates destinados à comercialização direta ao consumidor.
O grupo Barry Callebaut fornece produtos à base de cacau e chocolate para inúmeras empresas do setor alimentício e, em particular, para grandes marcas do setor de chocolates, como Hershey, Mondeléz ou Nestlé.
De acordo com seu balanço 2021/2022, suas vendas anuais atingiram 2,2 milhões de toneladas nesse período.
A sede do gigante alimentício fica em Zurique, na Suíça, embora tenha cerca de 60 unidades de produção em todo o mundo e empregue cerca de 13 mil pessoas.
Em abril, a Agência Belga de Segurança Alimentar já havia determinado o fechamento de uma fábrica de outra importante marca do setor de chocolates, Kinder (do grupo italiano Ferrero), devido a um surto de salmonela.
A Justiça belga só autorizou em junho sua reabertura — por um período experimental — de uma fábrica Ferrero na cidade de Arlon (sul da Bélgica), onde são produzidos os famosos ovos de chocolate Kinder contaminados com salmonela.
Essa autorização de reabertura da fábrica tem duração de três meses, durante os quais cada ingrediente será analisado antes da distribuição e venda dos chocolates.