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Demanda energética de carros elétricos se multiplicará por 300

Em 2040, mais da metade de todos os carros novos vendidos serão plug-in, como os oferecidos pela Tesla, segundo relatório da Bloomberg

Carro elétrico: as fabricantes de veículos estão se comprometendo com um distanciamento em relação aos motores a combustão (Miles Willis / Stringer/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2017 às 16h46.

Última atualização em 7 de julho de 2017 às 13h29.

Londres - Os veículos elétricos não estão apenas transformando a indústria automotiva: estão prestes a remodelar também o mercado global de energia.

Em 2040, mais da metade de todos os carros novos vendidos serão plug-in, como os oferecidos pela Tesla, segundo relatório da Bloomberg New Energy Finance.

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Isso significa que a demanda dos veículos por eletricidade se multiplicará por 300 em relação ao consumo do ano passado, de acordo com os dados.

As fabricantes de veículos estão se comprometendo com um distanciamento em relação aos motores a combustão: a Volvo afirmou na quarta-feira que a partir de 2019 todos os novos modelos da empresa terão motor elétrico, e a BMW informou que o iNext elétrico substituirá o Série 7 como principal modelo da marca em 2021.

A crescente popularidade dos veículos plug-in -- impulsionada pela queda dos preços das baterias de íon de lítio -- é uma boa notícia para as provedoras de eletricidade, que foram prejudicadas pela queda dos preços da energia em meio à oferta abundante de energia renovável.

Mas os veículos elétricos apresentarão outro desafio às empresas distribuidoras e aos órgãos reguladores, que já trabalham para adicionar a geração intermitente dos parques eólicos e solares à matriz energética sem interromper a oferta.

“O setor automotivo e o setor energético estão se unindo como nunca”, disse Colin McKerracher, analista da Bloomberg New Energy Finance em Londres. “Estão ficando mais entrelaçados.”

Os veículos elétricos representarão 5 por cento da demanda energética total do planeta em 2040, segundo estimativas da BNEF.

Isso significa que as operadoras de rede terão que tomar medidas para gerenciar o rápido aumento do uso de eletricidade, o que inclui o armazenamento de mais energia e a oferta de tarifas que incentivem recargas fora dos horários de pico.

“A rede pode lidar com o aumento dos veículos elétricos, mas há alguns pontos difíceis que precisam ser abordados”, disse McKerracher.

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