Exame Logo

De Florianópolis para o mundo: startup de energia renovável é comprada por gestora australiana

A Horus quer que 60% do faturamento venha do exterior até 2026; ela se junta a um portfólio que já fatura mais de R$ 380 milhões anuais

Fabrício Hertz, fundador da Horus: empresa avalia Chile, Colômbia e Uruguai como possíveis países de interesse na América Latina
Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 10h00.

A gestora australiana Nightingale Partners concluiu a aquisição da brasileira Horus Smart Detections, empresa especializada em monitoramento e inspeção de grandes áreas com uso de drones, satélites e inteligência artificial. O movimento marca a entrada da companhia em um novo ciclo de crescimento, ampliando sua presença na Europa, Austrália e América Latina.

O objetivo é que 60% do faturamento venha de mercados internacionais até 2026. O valor da transação não foi divulgado.

Veja também

Fundada em 2014 em Florianópolis, a Horus começou desenvolvendo drones para mapeamento aéreo. Com o tempo, a empresa migrou para um modelo baseado emsoftwaree serviços, criando plataformas que analisam dados de imagens para diferentes setores, especialmente energia solar . Seu sistema já inspecionou mais de 15 GWp em usinas solares no Brasil, monitorando linhas de transmissão, parques solares e cidades.

A aquisição da Horus se alinha ao interesse da Nightingale Partners em reforçar sua atuação no setor energético. “Desde 2023, acompanhamos a Horus e sua equipe, e é com grande satisfação que concluímos esta transação. No segmento de inspeção de parques solares comdrones, temos convicção de que a Horus é uma das empresas mais bem preparadas e com maior conhecimento nesse setor ao nível mundial ”, diz Lindsay Phillips, presidente do conselho da gestora.

A Nightingale planeja integrar a Horus ao seu portfólio de empresas do setor elétrico, que já fatura mais de R$ 380 milhões anuais. Internamente, a estrutura da empresa segue inalterada, com os fundadores mantendo seus cargos executivos.

Mudança estratégica e foco global

A transição da Horus para o modelo de serviços começou em 2020, quando a empresa parou de fabricar drones e passou a investir em inteligência computacional para análise de imagens. Esse movimento gerou contratos recorrentes com grandes empresas de infraestrutura e energia. Em 2023, a companhia vendeu sua divisão de software para outra empresa australiana e consolidou o foco em monitoramento e análise de dados.

Segundo Fabrício Hertz, fundador da Horus, a venda para a Nightingale representa uma nova fase de expansão. “Encontramos na Nightingale um parceiro comprometido com o desenvolvimento sólido e com o legado que construímos. Essa parceria nos permite escalar nossas operações de forma sustentável e explorar mercados onde nossas soluções têm alto impacto ”, afirma.

O plano é fortalecer a presença na América Latina, Europa e Sudeste Asiático, regiões que expandem suas matrizes de energia renovável. A empresa já avalia Chile, Colômbia e Uruguai como primeiros alvos na América do Sul e prevê a abertura de um escritório em Portugal nos próximos anos.

Acompanhe tudo sobre:StartupsEmpresas brasileirasAustráliaEnergia solarEnergia renovável

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as notícias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame