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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
A CVC, maior operadora de viagens da América Latina, está fazendo do câmbio um aliado. Enquanto o dólar se valorizava frente ao real, aproveitou para ampliar e fortalecer os negócios no mercado interno. Com a queda da moeda americana nas últimas semanas, partiu para a renegociação dos custos de vôos com as companhias aéreas. A redução de até 30% foi repassada aos preços dos pacotes de viagem e está rendendo uma das melhores Páscoas dos últimos anos. "Turismo interno não sabe o que é crise", diz o empresário Guilherme Paulos, diretor geral da CVC. "Estamos vivendo o melhor período em 10 anos."
A empresa abriu o ano projetando crescimento de 10%, mas já ultrapassou as metas. Nos primeiro trimestre de 2003, a CVC registrou uma receita de 214 milhões de reais, incremento de 20% em relação a igual período do ano passado. O número de passageiros transportados cresceu 30%, para 160 000 pessoas. No ano passado, a operadora cuidou da viagem de meio milhão de clientes.
No próximo feriado prolongado de quatro dias, a empresa vai ser responsável pelo descanso de 15 000 brasileiros - 3 000 clientes a mais do que em 2002. Com a renegociação dos contratos junto às companhias aéreas, a CVC pôde reduzir os preços em até 26% para roteiros cobiçados como as praias do Nordeste. O preço continua sendo a mágica do negócio , diz Paulos.
Apesar de ser uma empresa brasileira, com 95% das vendas focadas no mercado interno, equilibrar custos atrelados ao câmbio é fundamental para a CVC. Com 60% do mercado brasileiro de viagens, prioriza o transporte aéreo - que tem custos expressivos atrelados ao dólar, como leasing de aeronaves e combustível. As passagens com tarifa completa são inviáveis para a grande maioria , diz Paulos.
A CVC quer aproveitar o bom momento para crescer. A meta é ampliar a rede brasileira, hoje com 71 pontos de vendas, e fechar o ano com 100 unidades. No segundo semestre, está prevista a abertura de mais uma unidade internacional, em Madri, na Espanha, para atender europeus ao Sul do continente, especialmente italianos e portugueses. A empresa já possui uma base em Miami, nos Estados Unidos, e outra em Bariloche, na Argentina. Temos hoje excelentes aeroportos, hotéis e restaurantes para receber turistas do primeiro mundo , diz Paulos.