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CSN confirma parada de alto-forno para manutenção no RJ

A empresa confirmou a parada para manutenção do alto-forno 2 da usina de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, desde a madrugada de domingo


	CSN: o alto-forno 2 responde por 30% da capacidade de produção total da usina
 (Alexandre SantAnna/Veja Rio)

CSN: o alto-forno 2 responde por 30% da capacidade de produção total da usina (Alexandre SantAnna/Veja Rio)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 20h36.

Rio - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) confirmou nesta segunda-feira, 25, a parada para manutenção do alto-forno 2 da usina de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, desde a madrugada de domingo, 24.

O equipamento ficará desligado por 90 dias. Após esse prazo a siderúrgica deverá avaliar as condições de mercado para então definir se retoma ou não as atividades. A empresa não informou se haverá mais demissões por conta da paralisação da unidade.

O alto-forno 2 responde por 30% da capacidade de produção total da usina, de 5,6 milhões de toneladas de aço ao ano, e tem 250 pessoas diretamente alocadas em sua operação. Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, parte desse pessoal vai atuar na própria manutenção e outros serão deslocados para o alto-forno 3, que concentra 70% da produção da usina.

Em princípio, vale o acordo fechado entre a CSN e o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense que prevê o fim das demissões após o corte de 700 pessoas neste mês. Os rumores sobre o fechamento do alto-forno começaram a circular no fim do ano passado, diante do agravamento da crise da siderurgia. A expectativa do sindicato era que a medida pudesse causar a demissão de 3 mil pessoas, o que levou à mobilização de políticos como o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão.

"Não vai haver demissão agora. A empresa abafou o forno para fazer uma reforma que pode levar de 90 a 120 dias", disse o diretor do sindicato, Carlos Santana. Sindicalistas do setor se mobilizam para ir a Brasília defender ações de desoneração para a siderurgia junto ao governo, como pedem as empresas.

Em meio à crise financeira global, em 2009, a CSN parou o mesmo alto-forno por três meses. Após os reparos e diante de sinais de retomada do setor, a empresa decidiu religar o equipamento, onde o minério de ferro é fundido para a produção de ferro gusa.

Enfrentando uma séria crise financeira, a Usiminas é outra siderúrgica que já parou fornos e começou a desligar também suas coquerias na sua unidade em Cubatão, baixada Santista. No fim deste mês, a siderúrgica mineira paralisará, temporariamente, a produção primária da usina, o que deve provocar uma demissão de cerca de quatro mil pessoas entre funcionários diretos e indiretos.

A situação das fabricantes de aço vem piorando nos últimos anos pela combinação de excedente de aço no mercado internacional, forte competição com produtos chineses e a retração da demanda doméstica. A situação se reflete no derretimento do valor de mercado (medido pela multiplicação da cotação pelo total de ações) das principais companhias do setor com capital aberto nos últimos cinco anos. Em 31 de dezembro de 2010 a CSN valia R$ 38,8 bilhões na bolsa, a Gerdau R$ 31,1 bilhões e a Usiminas R$ 20 bilhões, segundo a Economatica. Em 22 de janeiro de 2016 o valor de mercado das três já estavam em R$ 4,8 bilhões, R$ 5,1 bilhões e R$ 2,4 bilhões, respectivamente.

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