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CSN anuncia que vai construir três fábricas de cimento

Depois de perder a disputa pelo controle da cimenteira portuguesa Cimpor, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou ontem que vai construir três fábricas de cimento no Brasil. Segundo o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch, serão investidos US$ 600 milhões em conjunto nas três novas unidades, que serão localizadas no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Depois de perder a disputa pelo controle da cimenteira portuguesa Cimpor, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou ontem que vai construir três fábricas de cimento no Brasil. Segundo o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch, serão investidos US$ 600 milhões em conjunto nas três novas unidades, que serão localizadas no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul do País. De acordo com o executivo, são necessários investimentos de US$ 150 a US$ 200 por tonelada ao longo de três anos, e o aporte nas novas unidades será menor do que se a CSN tivesse decidido comprar a Cimpor.

A empresa anunciou também que a unidade de cimento de Volta Redonda (RJ), inaugurada no ano passado, será duplicada. Atualmente, a capacidade de produção de cimentos da companhia é de 1 milhão de toneladas, volume que saltará para 2,8 milhões de toneladas com o início de funcionamento da fábrica de clínquer, previsto para até o fim deste ano. Com as unidades previstas e a duplicação da fábrica de cimento de Volta Redonda, a capacidade de produção do grupo será ampliada para cerca de 6 milhões de toneladas - volume que a colocaria entre as maiores fabricantes de cimento do País.

Os planos de expansão da CSN, porém, não se resumem ao cimento. Segundo Steinbruch, a companhia - que tem o forte de sua atuação em siderurgia, mas vem se expandindo também em outras áreas, como a mineração - poderá dobrar de tamanho em três anos só com o crescimento orgânico. Mas é possível que alguma aquisição também seja realizada. A prioridade segundo ele, é o mercado interno, mas a companhia tem interesse também em sua internacionalização. "Não será surpresa se, por meio de fusão ou aquisição, aumentarmos nossa participação no negócio de minério", acrescentou.

A CSN informou que pretende ter capacidade de produção de 150 milhões de toneladas de minério de ferro, mas não divulgou o prazo para que isso aconteça. Para isso, a companhia poderá fazer alguma fusão ou aquisição no eixo de atuação logística da MRS e do Porto de Sepetiba.

No caso da siderurgia, Enéas Diniz, diretor executivo de produção da empresa, informou que a CSN vai assinar amanhã contratos para mais dois projetos de aços longos, para a produção de 500 mil toneladas. Serão 400 mil toneladas de vergalhões e 100 mil toneladas de fio-máquina. A intenção é que esses projetos comecem a operar em 2013. A previsão de capacidade produtiva total da companhia em aços longos é hoje de 1 milhão de toneladas.

Vendas

As vendas internas de aço da CSN devem crescer 30% este ano em comparação com 2009, segundo o diretor comercial da empresa, Luiz Fernando Martinez. Segundo o executivo, a empresa espera vender 5 milhões de toneladas em 2010, 85% desse total no mercado interno. Para o mercado brasileiro de aços planos como um todo, a expectativa da empresa é de uma retomada dos volumes de 2008, de 12 milhões de toneladas.

"A CSN quer crescer mais do que o mercado em todos os segmentos", disse. O diretor destacou as boas perspectivas para a indústria automotiva e ressaltou o foco da CSN no varejo e a intenção de aumentar o leque de clientes. No setor de construção civil, a ideia é oferecer um pacote completo. Já em embalagens, a intenção é atender, cada vez mais, os clientes finais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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