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Cruzeiro do Sul não confirma rombo de R$ 2,5 bilhões

Montante, que foi apontado pelo jornal O Estado de S. Paulo no sábado, corresponde ao dobro do buraco apontado inicialmente nas contas do banco

Cruzeiro do Sul: banco diz que ainda não é possível precisar o tamanho do rombo em suas contas (Divulgação)

Cruzeiro do Sul: banco diz que ainda não é possível precisar o tamanho do rombo em suas contas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2012 às 10h33.

São Paulo - Nesta manhã, o banco Cruzeiro do Sul divulgou nota informado que "nao é possível precisar qualquer valor estimado de perda ou necessidade de ajustes na instituição e suas controladas". A manifestação chega dois dias depois do jornal O Estado de S. Paulo publicar que o rombo nas contas da instituição chega a 2,5 bilhões de reais - o dobro do imaginado pelo Banco Central quando decretou intervenção no banco, em 4 de junho.

A situação pode minar as chances de o banco ser comprado, evitando a liquidação. Segundo reportagem do Estadão, a expectativa era de que as fraudes somassem até 1,8 bilhão de reais, atribuídas principalmente à empréstimos consignados falsos. A princípio, o BC estimou o montante em 1,25 bilhão. Ativos super avaliados, provisões inferiores às estabelecidas por lei e passivos tributários estariam entre os problemas encontrados a mais, avolumando o tamanho do buraco.

O BTG Pactual chegou a fazer uma oferta pelo Cruzeiro antes do Fundo Garantidor de Crédito assumir a instituição. Mas o banco de investimento queria garantias adicionais se o tamanho do rombo crescesse para além do valor divulgado inicialmente e o negócio acabou não indo para frente.

Até agora, os papéis do banco negociados em bolsa vêm reagindo positivamente à administração do FGC, supostamente guiados por expectativa de venda do banco. Em julho, as ações preferenciais acumulam alta de 66,2%, contra leve baixa de 1,9% do Ibovespa, principal índice da Bovespa.

Na nota de hoje, o Cruzeiro do Sul afirma que desconhece "qualquer motivo ou fundamento que possam justificar as oscilações de preço, tanto das ações do banco quanto dos títulos por ele emitidos nos mercados internacionais ou internos ocorridas nos últimos dias".

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