Negócios

Credicard e Elavon criam nova credenciadora de cartões

Parceria formada pelas empresas pretende ter 15% do mercado de cartões em cinco anos

Agência do Citibank: banco investe em parceria para criar credenciadora (LIA LUBAMBO/EXAME)

Agência do Citibank: banco investe em parceria para criar credenciadora (LIA LUBAMBO/EXAME)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 12h17.

São Paulo - As duas credenciadoras de cartões do país, Cielo e Redecard, ganharam na manhã de hoje um concorrente que promete abocanhar uma boa fatia do setor: 15% em cinco anos. Trata-se da empresa resultado da joint venture entre a Credicard, do grupo Citibank, e da Elavon, uma das maiores empresas globais do segmento.

A nova empresa entra em operação no início do segundo semestre de 2011 com a missão de fisgar como clientes as maiores empresas do país, tanto de varejo quanto das áreas de turismo e entretenimento, petróleo e aéreas, quanto de grandes companhias desses setores que querem trazer seus negócios para o país nos próximos anos.

“Nossas concorrentes no Brasil têm operações baseadas em escala, sem nenhuma especialização em segmentos”, afirma Leonel Andrade, presidente da Credicard no Brasil. “O que ofereceremos, a custos muito competitivos, são serviços adaptados às necessidades de cada setor, inclusive em relação a fraudes e cobrança.”

No mundo, a Elavon processa dois bilhões de transações, que somam cerca de 200 bilhões de dólares. “O equivalente ao que mercado brasileiro transaciona atualmente por ano também”, afirma Andrade. A nova empresa será ainda, segundo o executivo, uma porta de entrada para o mercado latino no futuro.


Reavaliação do mercado

Há dois anos, o Citibank havia declarado que ficaria fora do mercado de credenciadores de cartões no Brasil. Mas o fim da exclusividade de bandeiras e o crescimento do setor fizeram com que a companhia mudasse de idéia.

“Quando dissemos que não havia interesse, para nós esse mercado no Brasil tinha outro valor”, diz Gustavo Marin, presidente do Citi no Brasil. “Reavaliamos nossa decisão porque vimos que há no setor uma boa oportunidade de negócios.”

O plano da nova empresa está sendo traçado pelo Citi há um ano, e a expectativa é de que a credenciadora conte com centenas de funcionários nos próximos dois anos. O investimento aplicado na joint-venture não pode ser divulgado. “Mas podemos falar que foi um valor bem agressivo, em torno de dois dígitos de milhões de dólares”, diz Mike Passivalla, presidente e CEO da Elavon, empresa que pertence ao banco U.S. Bancorp.

As parceiras possuem cada uma 50% de participação na nova companhia e, por isso, a gestão será compartilhada. As bandeiras Visa, Credicard e Dinners, também do Citi, já contam com licença para uso da empresa.

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