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Corretoras recebem bem os dados de reservas da Petrobras

Pelo critério brasileiro, reservas cresceram 1,2% em 2008 mesmo sem a contabilização de campos do pré-sal

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O crescimento das reservas de petróleo e gás natural em 2008, na comparação com o ano anterior, da Petrobras foi considerado positivo pelas corretoras, Itaú Unibanco e Link. De acordo com dados anunciados na noite desta quinta-feira, a Petrobras fechou o ano passado com 14,093 bilhões de barris de óleo equivalente pelos critérios da SPE (Society of Petroleum Engineers) e da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o que representa um crescimento de 1,2% sobre dezembro de 2007. Levando em conta a métrica da SEC (Securities and Exchange Commission), órgão regulador do mercado de capitais norte-americano e que adota critérios mais rígidos, as reservas provadas no país em 31 de dezembro último caíram 5% em relação a 2007, para 10,274 bilhões de barris. Em ambos os critérios, não foram contabilizadas as descobertas de óleo do pré-sal da Bacia de Santos.

Para a corretora Link, mesmo sem considerar o pré-sal, o resultado das reservas foi positivo, pois a empresa ainda possui diversos campos em desenvolvimentos que ainda vão entrar em operação, como a própria Bacia de Santos e de Jequitinhonha. “Com exceção dos países do Oriente Médio, o Brasil é um dos países que possui umas das maiores relações de reserva/produção, a qual deverá ser elevada nos próximos anos, diante do elevado potencial dos campos e diferença temporal com o início da produção”, afirmou a Link em comunicado.

Para o banco Itaú, o balanço divulgado é uma “notícia muito boa” para a Petrobras, pois, apesar do mercado não estar dando muita atenção para as reservas devido ao baixo preço internacional do petróleo, há cerca de seis meses o plano de sustentabilidade de grandes companhias de petróleo estava em evidência dado o limitado acesso a novas reservas. “Quando o dinheiro já não for mais o rei e o mercado voltar ao fundamental, as reservas serão o que realmente importa”, afirmou o Itaú.

Devido ao baixo preço do barril de petróleo no mercado internacional, a classificação do papel da empresa (PETR4) fosse mantida como neutra. Segundo o Itaú, o preço justo para a ação negociada na BMF & Bovespa é de 40 reais, enquanto a cotação do papel na tarde desta sexta-feira operava em queda de 0,66%, valendo 23,94 reais. Para o Unibanco, o preço justo do papel é de 55 reais.

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