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COP26: negociações do acordo final caminham para o fim

Como nas versões anteriores, o último rascunho tentou equilibrar as demandas de nações vulneráveis ao clima e grandes potências industriais

COP26: Uma grande meta será atrair mais financiamento privado (Adrian Dennis/Pool via REUTERS) (Adrian Dennis/Pool/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2021 às 13h16.

Negociadores levaram as discussões climáticas da ONU durante as últimas duas semanas a um dia extra, neste sábado, em meio a disputas em torno de um novo rascunho de acordo com a intenção de dar ao mundo uma chance realista de evitar os piores efeitos do aquecimento global.

Alok Sharma, o presidente britânico da conferência, afirmou que espera que a COP26 termine na tarde de sábado com um acordo entre os quase 200 países presentes, que vão desde superpotência alimentadas a carvão e gás a produtores de petróleo e ilhas do Pacífico que estão sendo engolidas pela elevação do nível do mar.

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Como nas versões anteriores, o último rascunho tentou equilibrar as demandas de nações vulneráveis ao clima, grandes potências industriais e países em que o consumo ou exportação de combustíveis fósseis é vital para o desenvolvimento econômico.

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O Reino Unido tentou destravar um dos assuntos mais espinhosos ao propor mecanismos para garantir que as nações mais pobres finalmente recebam o auxílio financeiro que lhes foi prometido para se preparar e administrar situações climáticas extremas cada vez mais frequentes.

A China, maior emissora da atualidade de gases do efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global fabricado pelo homem; e Arábia Saudita, principal exportadora de óleo do mundo, estavam tentando evitar que o acordo final inclua linguagem contra subsídios para combustíveis fósseis, disseram duas fontes à Reuters na sexta-feira.

No entanto, o rascunho de sábado, publicado pela Organização das Nações Unidas, continua a destacar combustíveis fósseis - o que até agora nenhuma conferência climática da ONU conseguiu fazer.

Também apelou que os países ricos dobrem o financiamento para adaptação climática até 2025, em relação aos patamares de 2019, oferecendo o que tem sido uma exigência chave de pequenas nações insulares na conferência.

Países em desenvolvimento querem garantir que as nações mais ricas, cujo histórico de emissões é amplamente responsável por aquecer o planeta, paguem mais para ajudá-los a se adaptar às consequências.

Fundos para adaptação prioritariamente vão para os países mais pobres e atualmente representam apenas uma pequena fração do financiamento climático.

O Reino Unido também disse que um comitê da ONU deveria produzir um relatório ano que vem sobre o progresso em entregar os 100 bilhões de dólares em financiamento anual climático que as nações ricas prometeram até 2020, mas não conseguiram cumprir, e os governos deveriam se reunir em 2022, 2024 e 2026 para discutir o financiamento climático.

O objetivo geral da reunião é manter a meta do Acordo de Paris de 2015 de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais.

Os cientistas dizem que ir além dessa marca geraria um crescimento extremo do nível do mar e catástrofes como secas, tempestades e incêndios muito piores do que as que o mundo está sofrendo neste momento.

Mas as promessas de cortes de emissões feitas até agora limitariam o crescimento médio da temperatura global em apenas 2,4 graus Celsius. Embora haja pouca chance dessa diferença ser fechada em Glasgow, Sharma afirmou que espera que o acordo final pavimente o caminho para cortes mais profundos.

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