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Conselho da OSX aprova pedido de recuperação judicial

Pedido inclui a holding e as controladas OSX Construção Naval S.A. e OSX Serviços Operacionais Ltda., segundo fato relevante

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 19h24.

São Paulo - O Conselho de Administração da OSX, empresa de construção naval do ex-bilionário Eike Batista, aprovou nesta sexta-feira, em caráter de urgência, o ajuizamento de pedido de recuperação judicial no Rio de Janeiro.

O pedido, que já era amplamente esperado, inclui a holding e as controladas OSX Construção Naval S.A. e OSX Serviços Operacionais Ltda., segundo fato relevante.

O documento não menciona a unidade de leasing da OSX, indicando que ela ficará fora da recuperação judicial. Essa subsidiária encomenda a construção das plataformas de produção de petróleo e depois aluga as embarcações para clientes. Sem estar sob o crivo da Justiça, a unidade poderá vender as plataformas que possui e levantar recursos.

O Conselho da OSX também demitiu Marcelo Gomes do cargo de diretor-presidente e elegeu Ivo Dworschak Filho para a posição. Ele acumulará a nova atribuição com a de diretor de Construção Naval.

Uma assembleia extraordinária de acionistas foi convocada para o dia 28 para ratificar o pedido de recuperação judicial, além de destituir e eleger membros do Conselho e alterar o nome da companhia.

Também foi aprovada a contratação da consultoria Angra Partners para coordenar e assessorar a OSX no seu processo de reestruturação, em substituição à Alvarez & Marsal.

Com a recuperação judicial, a OSX --com dívida acima de 5 bilhões de reais-- torna-se a segunda empresa controlada por Eike a ingressar com tal processo.

Em 30 de outubro, a petroleira OGX buscou proteção contra credores, listando dívidas de mais de 11 bilhões de reais. Depois disso, aumentaram as expectativas de um destino parecido para a OSX, empresa-irmã da OGX e criada para fornecer plataformas à petroleira.

Como outras empresas de Eike, os problemas do estaleiro resultaram de falhas da OGX, carro-chefe do grupo, em cumprir suas metas ambiciosas de produção de petróleo.

Depois de iniciar a produção no primeiro campo no início de 2012, a OGX não atingiu seus objetivos, apesar de promessas a investidores de que grandes quantidades de petróleo fluiriam em breve.

Tendo dito uma vez que a OGX seria capaz de produzir 1,4 milhão de barris de óleo equivalente por dia em 2018, ou mais da metade da produção atual do Brasil, a petroleira nunca produziu mais de 1 por cento do que isso.

O fato relevante enviado pela OSX à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira não deixa claro se o pedido de recuperação já foi ocorreu ou será feito nos próximos dias. A Reuters tentou sem sucesso entrar em contato com representantes da OSX.

Atualizado às 20h23min.

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