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Conselho da JBS deve escolher administrador interino, diz BNDES

Segundo o BNDES, o Conselho de Administração da companhia é a "instância adequada" para a escolha após a prisão preventiva de Wesley Batista

JBS: em nota, o BNDES se disse favorável à substituição definitiva de Wesley Batista (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de setembro de 2017 às 14h51.

Rio - Após a prisão preventiva do presidente do frigorífico JBS, Wesley Batista, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) defendeu a realização o quanto antes da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada pela própria instituição de fomento, que detém 21,3% do capital da empresa.

Para o BNDES, "o Conselho de Administração da companhia é a instância adequada para escolher um administrador interino nos termos da Lei 6.404/76 (Lei das S.A.)".

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Em nota, o BNDES se disse favorável à substituição definitiva de Wesley Batista. "Qualquer que seja o desenrolar destes fatos, contribuiria para o melhor interesse da companhia, e para a sua preservação e sustentação, o início de uma renovação de seus quadros estatutários, inclusive com a abertura de um processo seletivo para a escolha de um novo CEO para a empresa em caráter definitivo", diz o texto, divulgado nesta quarta-feira, 13, pelo BNDES.

Segundo o banco de fomento, a prisão de Wesley não muda sua posição pela realização da AGE, proposta justamente para apreciar o pedido de que a JBS entrasse com uma ação de responsabilidade contra seus controladores, incluindo Wesley e seu irmão, Joesley, também preso. A AGE seria no último dia 1º, mas foi suspensa, por decisão judicial, por 15 dias.

"O BNDES informa ainda que recorreu da decisão judicial que suspendeu a realização da assembleia por 15 dias no último dia 1º de setembro. O Banco entende que a assembleia deve acontecer o quanto antes e sem o conflito de interesses que seria caracterizado pelo voto dos controladores, questão que foi levantada pela BNDESPAR, em conjunto com a Caixa Econômica Federal, e acolhida pelo Judiciário de 1ª instância em decisão liminar", diz a nota, ressaltando que somente sem o voto dos controladores "as decisões poderão ser tomadas na assembleia de acordo com o melhor interesse da companhia".

O BNDES reforçou ainda que as prisões recentes não mudam o posicionamento na AGE. No último dia 14, o banco de fomento divulgou em seu site o seu voto para a AGE.

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