Negócios

Compra da Time Warner Chanel mira crescimento da banda larga

Nos últimos dois anos, a Time Warner Chanel recebeu propostas de compra da First Century Fox, Altice, Comcast e Charter Communications


	Nos últimos dois anos, a Time Warner Chanel recebeu propostas de compra da First Century Fox, Altice, Comcast e Charter Communications
 (Kevork Djansezian/AFP)

Nos últimos dois anos, a Time Warner Chanel recebeu propostas de compra da First Century Fox, Altice, Comcast e Charter Communications (Kevork Djansezian/AFP)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 26 de maio de 2015 às 19h47.

São Paulo – Nos últimos dois anos, a Time Warner Chanel, segunda maior operadora de televisão a cabo e banda larga nos Estados Unidos, recebeu propostas de compra da First Century Fox, Altice, Comcast e Charter Communications. Esta última divulgou hoje, 26, a aquisição da TWC por 55 bilhões de dólares.

Ao mesmo tempo, a Charter também anunciou a fusão com a Bright House Networks, por 10,4 bilhões de dólares. 

Combinadas, as empresas poderão melhorar serviços e ampliar de conexão à internet, o grande trunfo da operação, segundo a Quartz. Segundo a revista americana, a banda larga será o grande motor de crescimento da nova companhia.

Se aprovada pelos órgãos reguladores, a empresa resultante irá competir com a Comcast, AT&T e Verizon. Mas também terá mais força frente à outra ameaça: sistemas de streaming de vídeos, como a Netflix e produtos da Apple e Amazon.

As três empresas serão combinadas na New Charter, que será gerenciada por Tom Rutledge, presidente da Charter.

Os negócios irão alavancar o número de usuários das três empresas para 23 milhões, pouco atrás da líder de mercado, Comcast, com 27 milhões de clientes.

Segundo o comunicado, a operação “irá conduzir investimento na rede combinada das duas entidades, permitindo um desenvolvimento mais amplo de novos serviços competitivos”.

O documento cita avanços em redes wifi em lugares públicos e ampliação da rede de fibra óptica, para pequenas e médias empresas.

As operadoras de televisão a cabo têm perdido milhares de clientes nos últimos trimestres, segundo a Quartz. Ao mesmo tempo, no entanto, as assinaturas de internet estão crescendo.

Ainda que as empresas ainda faturem mais com assinaturas de televisão à cabo, o valor das contas de internet está se elevando. 

Histórico

A operação ocorreu pouco depois que a Comcast Corp. cancelou a sua oferta de fusão com a Time Warner, avaliada em 45,2 bilhões de dólares.

Em abril, reguladores norte-americanos haviam alegado que o acordo daria à Comcast vantagem injusta no mercado de serviços baseado em Internet.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse que o plano de fusão entre as duas maiores empresas de cabo do país tornaria a Comcast um "guardião inevitável" dos serviços de banda larga.

Em maio de 2015, o grupo francês de telecomunicações Altice perseguia um acordo com a TWC, também tendo o mercado norte-americano de banda larga em vista. A empresa francesa acabara de adquirir a Suddenlink, grupo norte-americano de serviços a cabo. 

Antes disso, a TWC havia recusado outra proposta de compra. A Twenty-First Century Fox, de Rupert Murdoch, decidiu retirar sua oferta de 80 bilhões de dólares para comprar a Time Warner em agosto do ano passado .
 

Acompanhe tudo sobre:Banda largaComcastEmpresasEmpresas americanasFusões e AquisiçõesInternetTime Warner

Mais de Negócios

Polishop pede recuperação judicial com dívida de R$ 352 milhões

Na startup Carefy, o lucro veio quando a empresa resolveu focar na operação — e não na captação

Liderança sustentável: qual é papel do líder na construção de um futuro responsável?

“É fundamental que as empresas continuem operando no RS”, diz presidente da Tramontina

Mais na Exame