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Companhias aéreas chinesas pedem indenizações a Boeing pelo 737 MAX

Informação foi divulgada pela imprensa estatal chinesa em um momento de escalda na guerra comercial entre China e Estados Unidos

Boeing 737 MAX: empresa reconheceu no sábado que precisa corrigir falhas do software de simulação de voo utilizado para treinar os pilotos (Lindsey Wasson/File Photo/Reuters)
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AFP

Publicado em 22 de maio de 2019 às 06h57.

As três maiores companhias aéreas chinesas reclamaram compensações a Boeing pelos atrasos na entrega e pela interrupção do uso da frota aviões 737 MAX após dois grandes acidentes.

A informação foi divulgada pela imprensa estatal chinesa em um momento de escalda na guerra comercial entre China e Estados Unidos: China Southern Airlines, China Eastern Airlines e Air China querem indenizações do grupo aeroespacial americano.

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A China Southern é a maior companhia aérea da Ásia pelo tamanho da frota, a China Eastern é a número dois do país, enquanto a Air China é a companhia aérea de bandeira estatal.

Um porta-voz da China Eastern Airlines confirmou à AFP que uma nota da agência estatal Xinhua afirmando que a companhia apresentou a demanda de indenização está correta, mas não revelou valores ou detalhes.

Em 11 de março, a China foi o primeiro país a ordenar que sua frota doméstica do Boeing 737 MAX permanecesse em terra, uma reação a dois graves acidentes.

O primeiro acidente aconteceu em outubro, quando um 737 MAX da Lion Air caiu na costa da Indonésia pouco depois da decolagem em Jacarta, provocando a morte das 189 pessoas que estavam a bordo.

O segundo ocorreu em 10 de março, quando morreram as 157 pessoas que viajavam em um 737 MAX da Ethiopian Airlines. A aeronave caiu poucos minutos depois de decolar em Adis Abeba.

A China Eastern afirmou que "deixar em terra os aviões Boeing 737 MAX 8 representou grandes perdas para a companhia, e que estas continuam", afirmou a Xinhua.

A agência informou que a empresa não quis revelar os detalhes da carta de reclamação enviada a Boeing.

A companhia, com sede em Xangai, deixou em terra 14 aviões MAX da Boeing enquanto o grupo americano avalia os riscos de segurança do modelo.

A Boeing reconheceu no sábado que precisa corrigir falhas do software de simulação de voo utilizado para treinar os pilotos.

Esta foi a primeira admissão da existência de falhas desde os acidentes.

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