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Apresentado por AÇO VERDE DO BRASIL

Como a AVB se tornou a primeira siderúrgica carbono neutro do mundo

Localizada em Açailândia, no Maranhão, a Aço Verde do Brasil foi concebida para produzir aço verde, reduzindo as emissões de CO2

Planta da AVB em Açailândia, no Maranhão: Com o aumento da fabricação de aços longos, companhia espera aumentar a presença no mercado interno (AVB/Divulgação)

Planta da AVB em Açailândia, no Maranhão: Com o aumento da fabricação de aços longos, companhia espera aumentar a presença no mercado interno (AVB/Divulgação)

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Publicado em 22 de novembro de 2021 às 10h00.

Última atualização em 7 de dezembro de 2021 às 15h34.

A Aço Verde do Brasil (AVB) ganhou notoriedade por ser certificada no ano passado como a primeira usina siderúrgica carbono neutro do mundo, segundo os critérios do GreenHouse Gases Protocol — a certificação foi concedida pela Société Générale de Surveillance (SGS). A empresa utiliza 100% de carvão vegetal em suas operações industriais, produzido de suas florestas de eucaliptos que absorvem muito mais CO2 do que emitem ao longo do processo industrial de produção de seu aço.

“Essa conquista é fruto de muito trabalho e planejamento durante toda a fase de engenharia da usina de aços longos, quando se vislumbrou, há mais de dez anos, a importância do tema da sustentabilidade para os nossos produtos”, afirma Ricardo Carvalho Nascimento, diretor-presidente da companhia.

Aço verde equivale a zero emissões de CO2 na atmosfera. Portanto, a companhia maranhense não contribui com o aquecimento global. Trata-se de um aço de alta qualidade obtido do emprego de gusa líquido produzido à base de carvão vegetal, o que permite a obtenção de produtos com baixo nível de elementos químicos contaminantes, principalmente enxofre, fósforo e outros metais e a manutenção dos baixos teores desses elementos é fundamental para a produção de aços de elevado grau de exigência.

O certificado carbono neutro trará à AVB um diferencial competitivo em preço quando o novo modelo para o mercado de carbono for implementado mundialmente.

Ricardo Carvalho Nascimento, diretor-presidente da AVB: aço verde é resultado de uma preocupação que começou há dez anos na empresa (Maria Tereza Correia/Divulgação)

Enquanto muitas empresas siderúrgicas estão iniciando o planejamento de descarbonização, com objetivos para 2050 ou 2060, a AVB atingiu este marco fundamental e histórico já no ano de 2020.

“Coroa um longo e árduo trabalho de engenharia e construção de toda a equipe da AVB, que mostrou que a rota de produção de aço à base de carvão vegetal é, atualmente, viável e confiável para a produção do aço verde”, destaca o diretor-presidente da companhia, que pertence ao Grupo Ferroeste.

A AVB atende todos os estados do Brasil. Entre os principais produtos fabricados estão fio máquina e vergalhão (CA-50 e CA-60). O baixo custo da produção se explica pela produção interna das principais matérias-primas utilizadas, como o carvão vegetal, os gases do ar e os gases combustíveis, em substituição às alternativas fósseis, como o gás natural.

A companhia possui uma capacidade instalada de 600.000 toneladas por ano. “Com dois altos-fornos garantimos produtividade contínua, oferecendo segurança aos colaboradores e produtos de qualidade aos nossos parceiros e clientes”, explica Ricardo Nascimento.

Sustentabilidade que gera valor

A companhia vem apresentando crescimento contínuo de resultados. Nos nove primeiros meses de 2021, alcançou crescimento da receita líquida de vendas de 105% e lucro bruto de 274%, em comparação ao mesmo período de 2020. Foram 431 milhões de reais nesse intervalo, ante 318 milhões de reais no mesmo ciclo de 2020. O crescimento se deve, principalmente, ao aumento do preço do aço e à venda de produtos com maior valor agregado.

E a AVB foi a única empresa brasileira a estar entre as premiadas no Global Metals Awards 2021, vencendo na categoria Revelação ESG. A premiação reconhece as melhores ações e investimentos na indústria de metais em 16 categorias, em iniciativas individuais e empresariais.

Com o aumento da fabricação de aços longos, a companhia espera aumentar a presença no mercado interno. O excedente da planta que separa gases do ar, cuja finalidade é produzir oxigênio, nitrogênio e argônio para consumo interno, também é vendido. Para 2030, a meta é dobrar a capacidade produtiva de aço, atingindo o total de 1,2 milhão de toneladas a cada ano.

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