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Com US$ 123,5 milhões de dívidas, o BuzzFeed ainda tem salvação?

Companhia tem duas alternativas para lidar com a dívida: vender ativos ou renegociar um acordo com os credores

No último mês, investidores impulsionaram as ações em mais de 70% (Flickr.com/laughingsquid)

No último mês, investidores impulsionaram as ações em mais de 70% (Flickr.com/laughingsquid)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 18h54.

Quizes, notícias e uma série de gifs para ilustrar sentimentos: era esse o mote do BuzzFeed, famoso site que parece estar em apuros. Com US$ 123,5 milhões de dívidas e pagamentos de juros, segundo o Business Insider, a empresa passa por um momento delicado e parece não ter dinheiro para resolver a situação.

A companhia tem duas alternativas para lidar com a dívida: vender ativos ou renegociar um acordo com os credores — ou ambas as coisas. Mesmo com as preocupações sobre a capacidade da empresa de sair da situação, os investidores parecem acreditar na retomada. No último mês, as ações do BuzzFeed subiram em mais de 70%.

No mês passado, quando o BuzzFeed anunciou seus lucros trimestrais, prometeu aos investidores que "nas próximas semanas, estamos ansiosos para compartilhar uma atualização sobre nossa dívida, balanço, perspectiva financeira do quarto trimestre e os resultados do processo de revisão estratégica que iniciamos no ano passado com nossos consultores financeiros."

Venda de patrimônio

No início deste ano, o BuzzFeed quis vender o First We Feast — dono do Hot Ones, um programa de entrevistas bastante popular no YouTube — por US$ 70 milhões. Ele havia comprado a produtora em 2021 num negócio que girou em torno de US$ 300 milhões. Em setembro, a Bloomberg informou que o BuzzFeed estava em negociações com a Netflix, mas que o acordo não andou.

Mas apenas vender o First We Feast/Hot Ones não seria o suficiente.

Em 2023, a empresa encerrou a operação deficitária do BuzzFeed News. Os ativos restantes são o BuzzFeed, a operação de publicação mais conhecida por quizes e listas de cultura pop; o site de notícias Huffington Post; e o Tasty, que costumava dominar o conteúdo de comida na internet em um mundo pré-TikTok.

Vale a pena notar que o BuzzFeed não precisa necessariamente desembolsar todos os US$ 124 milhões de uma só vez. É esperado que a plataforma negocie com credores para ajustar prazos e condições.

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