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Com quiosques, The Body Shop quer dobrar de tamanho até 2023

A franquia de cosméticos inglesa tem um plano de expansão audacioso para o Brasil: dobrar o número de pontos de venda até 2023. Atualmente, são 111

Novo quiosque: formato permite testar o potencial de venda dos shoppings com invstimento menor que o das lojas (Divulgação/The Body Shop)

Luísa Melo

Publicado em 22 de agosto de 2016 às 10h45.

São Paulo - A franquia de cosméticos inglesa The Body Shop tem um plano de expansão audacioso para o Brasil: dobrar o número de pontos de venda até 2023. Atualmente, são 111.

A marca espera alcançar a meta com um novo modelo de quiosque, desenvolvido para o país. Ela não abre os investimentos no projeto.

"É um formato que permite testar o potencial do shopping com um investimento menor do que o das lojas, o que é um atrativo para os franqueados", diz Nathalie de Gouveia, diretora de comercial e expansão da empresa no Brasil.

A The Body Shop, que pertence ao grupo L'Oréal , desembarcou por aqui no fim de 2013, quando comprou 51% da rede gaúcha Empório Body Store, que na época tinha 124 lojas.

A ideia era aproveitar a capilaridade da brasileira para introduzir o rótulo no país e, aos poucos, migrar as unidades, mas mantendo no portfólio os produtos locais de melhor saída.

Em 2014, a joint venture chegou a anunciar que teria 500 estabelecimentos em cinco anos. Mas, os planos foram mudando junto com o cenário macroeconômico e, seis meses atrás, a inglesa comprou a fatia restante na (antiga) parceira.

Nos últimos três anos, 65 pontos da Empório foram transformados em The Body Shop. Ainda restam 25, que devem ser convertidos até o primeiro trimestre de 2017. Outras unidades precisaram ser fechadas, porque não atendiam a todos os padrões da nova bandeira.

Prioridades

Segundo a The Body Shop, a prioridade ainda é se expandir por meio de lojas. Os quiosques devem servir de "aperitivo" para que os franqueados se interessem por abrir unidades maiores. O foco são os shoppings e aeroportos.

A Empório Body Store já tinha uma estrutura de quiosque, mas em tamanho menor e sem um espaço para o cliente se sentar e testar o produto, diferentemente da nova.

"Um dos diferenciais da nossa marca é o serviço e o modelo antigo não permitia o atendimento personalizado", comenta Nathalie.

Os 10 quiosques que já existiam devem continuar operando no formato anterior. O primeiro no estilo atual foi inaugurado em junho, no terminal de Congonhas, em São Paulo – o único ponto de venda que pertence à marca, e não a um empreendedor.

Outros dois já estão previstos para os aeroportos de Vitória, no Espírto Santo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Eles devem ser abertos em setembro e outubro, respectivamente.

O novo quiosque pode ter 6 ou 9 metros quadrados, enquanto as lojas têm 40 metros quadrados.

O investimento para o franqueado é de 70.000 mais mobiliário e taxas operacionais, num total de 100.000 a 150.000 reais, dependendo do pedido inaugural. Para as lojas, o aporte fica entre 350.000 a 400.000 reais.

"Outra vantagem do quiosque é que ele não precisa de licitação para ser instalado nos aeroportos nem sofre cobrança de CDU (cessão de direito de uso) nos shoppings, ao contrário da loja", destaca Karina Meyer, diretora de Marketing da The Body Shop no Brasil.

Mas e a crise?

Segundo a varejista de cosméticos, apesar da crise, apostar no país ainda é vantajoso.

"O Brasil é um dos mercados mais importantes do mundo para o nosso setor. Agora, somos uma marca mais conhecia e desejada pelos clientes e pelos lojistas. Acreditamos que temos potencial para ser líder na linha de skin care (de cuidados com a pele)", diz Nathalie de Gouveia.

A categoria já responde por 15% das vendas locais.

O comércio de produtos de beleza movimenta 30,2 bilhões de dólares por aqui. É o quarto maior mercado do mundo, atrás dos Estados Unidos, China e Japão, conforme dados da Euromonitor.

De 2015 para 2014, o segmento, que tinha sido impulsionado pelo estímulo do governo ao consumo e a ascensão da classe C, sofreu uma retração de quase 8% – a primeira em 20 anos.

A queda foi motivada pela recessão econômica e o consequente desemprego das famílias, de acordo com a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).

Apesar disso, o nicho apresenta resiliência em comparação com outras categorias do varejo.

"O segmento menos impactado foi exatamente o dos produtos de uso pessoal [em que se encaixam os cosméticos]. Porque existe uma preferência por certas marcas, diferentemente do que acontece com aqueles de uso coletivo, como itens de limpeza", explica o professor Claudio Felisoni, presidente do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo).

As estimativas da Euromonitor para o setor nos próximos anos são positivas, com crescimento esperado de 14,3% entre 2015 e 2020.

De acordo com números da consultoria, O Boticário lidera com folga o varejo especializado em beleza no país, com uma participação de mercado de 48,5%. Na sequência, vêm a L'Acqua di Fiori, com 3,1%, e a L'Occitane, com 1,3%.

Já em relação às fabricantes, quem mais vende no Brasil é a Unilever, com market share de 12,2%. Em segundo lugar fica a Natura, com 11,1%. O Boticário aparece em terceiro, com uma fatia de 10,9%, e a P&G em quarto, com 9,7%. A L'Oréal é a quinta, com 6,8%.

Desempenho

A The Body Shop não abre seu faturamento local. Mas, globalmente, ela teve uma receita de 398,6 milhões de euros no primeiro semestre, queda de 0,6% frente a igual intervalo de 2015.

A conta considera apenas as atividades que já estavam funcionando no mesmo período do ano passado. Incluindo expansões e aquisições na comparação, o recuo foi maior, de 3,2%.

A The Body Shop encerrou 2015 com 3.102 lojas no mundo todo.

Já as vendas da L'Óréal, como um todo, somaram 6,34 bilhões de euros nos seis primeiros meses do ano, crescimento de 4,2% na primeira comparação na base ajustada e de 0,6% na reportada.

De acordo com a empresa, o fluxo de compradores em seus pontos de venda no país caiu 15% no primeiro trimestre frente a igual intervalo do ano passado.

De abril a junho, porém, com a ajuda da comemoração do Dia das Mães, a queda foi menor na mesma comparação, de apenas um dígito.

Hoje, dos produtos da marca vendidos no Brasil, sem contar os que eram da Empório Body Store, 99% são importados. A ideia é ter 20% deles fabricados internamente até 2020.

Neste ano, a empresa deve lançar cerca de 70 produtos no país, incluindo inovações e ampliações das linhas já existentes.

São Paulo - O Grupo Pão de Açúcar segue no posto de maior rede varejista do país, segundo ranking divulgado na quarta-feira (10) pelo Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo). A lista, que reúne as 120 empresas com melhor faturamento no setor, levou em conta dados referentes a todo o ano passado. Carrefour e Walmart também continuaram na segunda e terceira posições, respectivamente. Juntas, as companhias analisadas tiveram receitas de 444,680 bilhões de reais, um avanço nominal de 5,2% frente a 2014. O número real, porém, representa retração, já que a inflação fechou 2015 em 10,67%. Nas fotos, conheça as maiores vendedoras do varejo.
  • 2. 1. Grupo Pão de Açúcar

    2 /52(Germano Luders/Exame)

  • Veja também

    FaturamentoR$ 76,933 bilhões
    Número de lojas2.181
    Número de funcionários146.000
  • 3. 2. Carrefour

    3 /52(Antoine Antoniol/Bloomberg)

  • FaturamentoR$ 42,701 bilhões
    Número de lojas288
    Número de funcionários76.077
  • 4. 3. Walmart

    4 /52(Germano Lüders/EXAME)

    FaturamentoR$ 29,323 bilhões
    Número de lojas485
    Número de funcionários71.864
  • 5. 4. Lojas Americanas

    5 /52(ALEXANDRE BATTIBUGLI)

    FaturamentoR$ 20,714 bilhões
    Número de lojas1.041
    Número de funcionários20.715
  • 6. 5. Magazine Luiza

    6 /52(Luísa Melo/Exame.com)

    FaturamentoR$ 10,498 bilhões
    Número de lojas786
    Número de funcionários21.745
  • 7. 6. Grupo Boticário

    7 /52(Divulgação)

    FaturamentoR$ 10,100 bilhões
    Número de lojas3.962
    Número de funcionários7.000
  • 8. 7. Raia Drogasil

    8 /52(Mario Rodrigues/EXAME.com)

    FaturamentoR$ 9,424 bilhões
    Número de lojas1.235
    Número de funcionários26.520
  • 9. 8. Cencosud

    9 /52(Divulgação)

    FaturamentoR$ 9,267 bilhões
    Número de lojas222
    Número de funcionários33.301
  • 10. 9. Máquina de Vendas

    10 /52(Xando Pereira/Ag. A Tarde)

    FaturamentoR$ 8,586 bilhões
    Número de lojas1.100
    Número de funcionários30.000
  • 11. 10. Renner

    11 /52(Kiko Ferrite)

    FaturamentoR$ 8,073 bilhões
    Número de lojas380
    Número de funcionários17.000
  • 12. 11. Makro

    12 /52(Divulgação)

    FaturamentoR$ 7,747 bilhões
    Número de lojas77
    Número de funcionários9.402
  • 13. 12. Guararapes (Riachuelo)

    13 /52(Luísa Melo/EXAME.com)

    FaturamentoR$ 7,008 bilhões
    Número de lojas285
    Número de funcionários25.232
  • 14. 13. Drogarias DPSP (São Paulo e Pacheco)

    14 /52(Divulgação/Drogaria São Paulo)

    FaturamentoR$ 7,000 bilhões
    Número de lojas1.080
    Número de funcionários25.000
  • 15. 14. Dia

    15 /52(Alexmar983/Wikimedia Commons)

    FaturamentoR$ 6,147 bilhões
    Número de lojas929
    Número de funcionários8.853
  • 16. 15. Pernambucanas

    16 /52(EXAME)

    FaturamentoR$ 5,684 bilhões
    Número de lojas312
    Número de funcionários15.000
  • 17. 16. Farmácias Pague Menos

    17 /52(Alexandre Battibugli/EXAME.com)

    FaturamentoR$ 4,979 bilhões
    Número de lojas828
    Número de funcionários21.320
  • 18. 17. Leroy Merlin

    18 /52(Alexandre Battibugli/EXAME)

    FaturamentoR$ 4,665 bilhões
    Número de lojas37
    Número de funcionários8.923
  • 19. 18. C&A

    19 /52(Divulgação/Facebook/C&A)

    FaturamentoR$ 4,551 bilhões
    Número de lojas280
    Número de funcionários17.000
  • 20. 19. Zaffari

    20 /52(Fernando Moraes/VEJA SP)

    FaturamentoR$ 4,508 bilhões
    Número de lojas31
    Número de funcionários9.759
  • 21. 20. Lojas Cem

    21 /52(EXAME)

    FaturamentoR$ 4,500 bilhões
    Número de lojas231
    Número de funcionários10.500
  • 22. 21. McDonalds

    22 /52(Mike Blake/Reuters)

    FaturamentoR$ 4,493 bilhões
    Número de lojas888
    Número de funcionários50.000
  • 23. 22. Irmãos Muffato & Cia

    23 /52(Divulgação/Muffato)

    FaturamentoR$ 4,095 bilhões
    Número de lojas44
    Número de funcionários10.319
  • 24. 23. Havan

    24 /52(Divulgação)

    FaturamentoR$ 4,073 bilhões
    Número de lojas93
    Número de funcionários10.000
  • 25. 24. Supermercados BH

    25 /52(Divulgação/Supermercados BH)

    FaturamentoR$ 3,972 bilhões
    Número de lojas149
    Número de funcionários14.964
  • 26. 25. SDB Comércio de Alimentos (Comper)

    26 /52(Divulgação/Comper/Facebook)

    FaturamentoR$ 3,883 bilhões
    Número de lojas52
    Número de funcionários8.203
  • 27. 26. Condor Super Center

    27 /52(Divulgação/Condor)

    FaturamentoR$ 3,815 bilhões
    Número de lojas41
    Número de funcionários10.802
  • 28. 27. Brasil Pharma

    28 /52(Divulgação/Brasil Pharma)

    FaturamentoR$ 3,631 bilhões
    Número de lojas989
    Número de funcionários16.000
  • 29. 28. Marisa

    29 /52(Wikimedia Commons)

    FaturamentoR$ 3,430 bilhões
    Número de lojas409
    Número de funcionários13.000
  • 30. 29. Móveis Gazin

    30 /52(Divulgação)

    FaturamentoR$ 3,314 bilhões
    Número de lojas225
    Número de funcionários7.109
  • 31. 30. Fast Shop

    31 /52(EXAME)

    FaturamentoR$ 3,230 bilhões
    Número de lojas90
    Número de funcionários5.000
  • 32. 31. Supermercados Mundial

    32 /52(Junius/ Wikimedia Commons)

    FaturamentoR$ 3,096 bilhões
    Número de lojas19
    Número de funcionários8.000
  • 33. 32. Sonda Supermercado

    33 /52(Divulgação/Facebook)

    FaturamentoR$ 3,027 bilhões
    Número de lojas39
    Número de funcionários8.834
  • 34. 33. Mateus Supermercados

    34 /52(/Mateus Supermercados/Divulgação)

    FaturamentoR$ 2,717 bilhões
    Número de lojas53
    Número de funcionários9.304
  • 35. 34. DMA Distribuidora (EPA)

    35 /52(Junius/ Wikimedia Commons)

    FaturamentoR$ 2,636 bilhões
    Número de lojas108
    Número de funcionários10.240
  • 36. 35. Grupo SBF (Centauro)

    36 /52(Divulgação)

    FaturamentoR$ 2,444 bilhões
    Número de lojas254
    Número de funcionários6.682
  • 37. 36. Roldão Atacadista

    37 /52(Divulgação/Roldão)

    FaturamentoR$ 2,400 bilhões
    Número de lojas27
    Número de funcionários3.500
  • 38. 37. Angeloni

    38 /52(Divulgação/A. Angeloni)

    FFaturamentoR$ 2,389 bilhões
    Número de lojas27
    Número de funcionários7.613
  • 39. 38. Cacau Show

    39 /52(Divulgação)

    FaturamentoR$ 2,387 bilhões
    Número de lojas2.000
    Número de funcionários7.089
  • 40. 39. Habibs

    40 /52(Roberto Setton/EXAME)

    FaturamentoR$ 2,200 bilhões
    Número de lojas430
    Número de funcionários22.000
  • 41. 40. Grupo Herval

    41 /52(Divulgação/Grupo Herval)

    FaturamentoR$ 2,151 bilhões
    Número de lojas194
    Número de funcionários2.713
  • 42. 41. Telha Norte - St. Gobain Brasil

    42 /52(Divulgação)

    FaturamentoR$ 2,118 bilhões
    Número de lojas43
    Número de funcionários3.000
  • 43. 42. Savegnago Supermercados

    43 /52(Reprodução/Savegnago)

    FaturamentoR$ 2,115 bilhões
    Número de lojas37
    Número de funcionários6.043
  • 44. 43. Dimed Distribuidora

    44 /52(Divulgação/Dimed)

    FaturamentoR$ 2,109 bilhões
    Número de lojas347
    Número de funcionários5.831
  • 45. 44. DPaschoal

    45 /52(Divulgação)

    FaturamentoR$ 2,000 bilhões
    Número de lojas880
    Número de funcionários3.800
  • 46. 45. Leader

    46 /52(Marco Antônio Teixeira/Ag. O Globo)

    FaturamentoR$ 2,000 bilhões
    Número de lojas200
    Número de funcionários7.000
  • 47. 46. Líder Supermercado & Magazine

    47 /52(Thinkstock)

    FaturamentoR$ 1,987 bilhão
    Número de lojas21
    Número de funcionários11.336
  • 48. 47. COOP Cooperativa de Consumo

    48 /52(Divulgação/COOP)

    FaturamentoR$ 1,986 bilhão
    Número de lojas42
    Número de funcionários5.576
  • 49. 48. Kalunga

    49 /52(Fabiano Accorsi)

    FaturamentoR$ 1,950 bilhão
    Número de lojas147
    Número de funcionários3.200
  • 50. 49. Multi Formato Distribuidora (Super Nosso)

    50 /52(Reprodução/Facebook/Super Nosso)

    FaturamentoR$ 1,938 bilhão
    Número de lojas37
    Número de funcionários6.805
  • 51. 50. Hering

    51 /52(Divulgação/Hering)

    FaturamentoR$ 1,900 bilhão
    Número de lojas840
    Número de funcionários7.548
  • 52. Agora veja os brasileiros mais ricos de 2016

    52 /52(Scott Olson/Getty Images)

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