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Em meio a queda mundial na venda de celulares, Apple lança iPhone 11

Três modelos do iPhone 11 serão anunciados nesta terça-feira, ainda sem 5G e em um dos piores momentos na história do celular da Apple

Número total de celulares vendidos no mundo caiu pela primeira vez na história em 2018, e a Apple acompanhou a queda (Thomas Peter/Reuters)

Número total de celulares vendidos no mundo caiu pela primeira vez na história em 2018, e a Apple acompanhou a queda (Thomas Peter/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 06h01.

Última atualização em 10 de setembro de 2019 às 06h46.

A Apple tenta nesta terça-feira 10 trazer seu icônico celular iPhone de volta ao prestígio de outros tempos. A empresa de tecnologia americana realiza pela tarde evento na Califórnia para apresentar o novo iPhone 11, no que é considerado seu momento mais importante do ano.

O iPhone 11 substituirá os iPhones XR, XS e XS Max (nomes em referência ao número 10), lançados em 2018. Os rumores apontam que os novos aparelhos devem se chamar, por ordem de qualidade (e preço), 11R, 11 Pro e 11 Pro Max. A principal melhoria deve acontecer na potência das câmeras, e, tentando alavancar as vendas, a Apple não deve aumentar muito os preços (a leva anterior chegou à casa dos 1 mil dólares nos Estados Unidos). Por outro lado, ficou para 2020 um modelo de iPhone 5G — tecnologia em que já participam suas principais concorrentes, a chinesa Huawei e a sul-coreana Samsung.

O novo iPhone vem em um dos momentos mais difíceis desde que o modelo foi lançado, em 2007. O número total de celulares vendidos no mundo caiu pela primeira vez na história em 2018, e a Apple acompanhou a queda, vendendo 5% menos iPhones. A empresa também perdeu neste ano a vice-liderança mundial do mercado para a Huawei, que, apesar da crise no setor, aumentou o número de celulares vendidos em 35% em 2018, expandindo seu mercado fora da China.

Com o mau momento, a participação dos iPhones nas vendas da Apple, que já foi de mais de 60%, caiu para 48% entre abril e junho. Assim, a companhia entra em uma fase de apostar em novas frentes. Enquanto as vendas de iPhones caíram 13% no último trimestre, os braços de serviços (como música e pagamentos) e produtos (como a Apple TV e o Apple Smartwatch) tiveram alta de dois dígitos e seguram o faturamento em 2019.

Mais desse mundo para além do iPhone vem por aí: o evento de hoje também deve dar detalhes sobre o serviço de streaming Apple TV Plus, com estreia marcada para novembro e que tentará concorrer com a líder Netflix e rivais ainda por vir (como o Disney+ e o HBOMax, que juntará Warner e HBO). A principal série do catálogo, “The Morning Show”, terá nomes como as atrizes Reese Witherspoon e Jennifer Aniston e já ganhou mais investimento que a aclamada Game of Thrones, da HBO.

A Apple também vai lançar neste ano um serviço de jogos por assinatura, o Arcade. Com seus mais de 200 bilhões de dólares, o mercado de games, ao lado dos serviços por assinatura, é justamente um dos motivos que fez a então esquecida Microsoft ressurgir das cinzas sob a gestão do presidente Satya Nadella.

Apesar do ano difícil, analistas estimam que o iPhone 11 terá bons números de vendas, na casa dos 200 milhões em 12 meses — sobretudo porque os antecessores da linha X não venderam muito bem, deixando a mais usuários a necessidade de atualizar o aparelho. A dúvida é se será o suficiente para suplantar os cada vez mais avançados modelos da concorrência.

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