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Com BVA, BC liquida 3 bancos em menos de 2 anos

Se considerados todos os bancos que tiveram intervenção do regulador desde meados de 2010, o número sobe para seis


	A liquidação mais recente feita pelo BC, antes do BVA, havia sido a do Cruzeiro do Sul, que tinha um buraco de R$ 3,1 bilhões
 (Reuters/Ricardo Moraes)

A liquidação mais recente feita pelo BC, antes do BVA, havia sido a do Cruzeiro do Sul, que tinha um buraco de R$ 3,1 bilhões (Reuters/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 20h49.

São Paulo - A liquidação do banco BVA, decretada na noite desta quarta-feira, 19, eleva para três o número de instituições financeiras que tiveram suas portas fechadas pelo Banco Central (BC) em menos de dois anos.

Se considerados todos os bancos que tiveram intervenção do regulador desde meados de 2010, o número sobe para seis. Diferentemente do que houve com Panamericano, Schahin e Cruzeiro do Sul, no BVA, não ficou evidente a ocorrência de fraudes contábeis.

Antes do BVA, Morada, em 2011, e Cruzeiro do Sul, no ano passado, tinham sido liquidados pelo BC. O destino de Panamericano, Schahin e Matone, porém, foi diferente. Depois de serem socorridos com dinheiro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), foram passados para outras instituições.

O BVA estava sob intervenção do órgão regulador desde outubro do ano passado. O regime especial chegou a ser prorrogado em 18 de abril por mais 90 dias. Apesar de o prazo encerrar apenas no próximo mês, o BC decidiu liquidar o banco após confirmar, considerando o relatório do interventor, o comprometimento da situação econômico-financeira do banco e a "grave violação" das normas que disciplinam sua atividade.

Estima-se que o passivo total do BVA seja de R$ 4,5 bilhões. No documento divulgado nesta noite pelo BC, foi atestada a existência de passivo a descoberto no BVA e a inviabilidade de normalização dos seus negócios. O liquidante do banco será Valder Viana de Carvalho. A data da liquidação extrajudicial será 20 de agosto de 2012.

A liquidação mais recente feita pelo BC, antes do BVA, havia sido a do Cruzeiro do Sul, que tinha um buraco de R$ 3,1 bilhões.

Após fracassarem as negociações com o espanhol Santander, único interessado na aquisição, o regulador decidiu liquidar a instituição. O Prosper teve o mesmo destino porque, no fim de 2010, tinha sido adquirido pelo Cruzeiro do Sul.

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