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Com aumento de custos, AmBev espera queda na margem de lucro

Apesar do crescimento nas vendas, resultados do terceiro trimestre devem ser minimizados pela alta nos preços das matérias-primas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O crescimento das receitas na casa dos dois dígitos no terceiro trimestre não deverá representar forte elevação nos ganhos da AmBev. A companhia informou nesta sexta-feira (3/10) que terá suas margens de lucro achatadas pelo aumento nos custos de produção, ocasionado principalmente pelo reajuste de mais de 40% nos preços de cevada e malte, e pelos grandes investimentos em marketing.

Apesar disso, corretoras como Unibanco, Fator e Link mantêm recomendação de compra para os papéis da companhia (veja as carteiras sugeridas pelas corretoras). Na avaliação do Unibanco, a solidez da empresa e a forte geração de caixa em tempos de crise justificam o investimento. A instituição estima valorização de 76,6% para os papéis, que têm preço-alvo de 181,50 reais.

A Lei Seca, que proibiu qualquer consumo de bebida alcoólica por motoristas, limitou a um dígito o potencial de crescimento no consumo de cervejas, o principal produto da AmBev, mas elevou em muito as vendas de refrigerantes. Sem revelar valores, a AmBev informou que o segmento crescerá na faixa de dois dígitos, uma disparada em relação ao tímido aumento de 0,5% no primeiro semestre deste ano. A venda de refrigerantes, entretanto, representa apenas cerca de um quinto das receitas da AmBev no Brasil, o que restringe o impacto positivo nos resultados.

Para minimizar a queda nas vendas de cervejas, uma das alternativas encontradas pela AmBev foi reforçar seu portfólio de bebidas sem álcool. A empresa lançou em agosto seu chope sem álcool, que ganhou a marca Líber, a mesma da cerveja sem álcool comercializada em latas e garrafas long neck.

 

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