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“Colômbia é o Carajás do carvão”, diz Eike Batista

Empresário, dono do grupo EBX, afirmou que pretende explorar 70 milhões de toneladas de carvão ano no país vizinho até 2020

Eike Batista, presidente do grupo EBX: confiança no potencial das reservas colombianas (ANDRE VALENTIM/EXAME)

Eike Batista, presidente do grupo EBX: confiança no potencial das reservas colombianas (ANDRE VALENTIM/EXAME)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 14h57.

São Paulo - Até o início do próximo ano, Eike Batista, dono do grupo EBX, pretende abrir o capital da CCX, braço do grupo EBX que representa a exploração de carvão colombiana. Atualmente, a companhia pertence 100% à MPX. Até 2020, a CCX deve explorar 70 milhões de toneladas por carvão ano. “Vamos começar com uma exploração de 5 milhões de toneladas; em 2015, 35 milhões, e, em cinco anos, dobrar esse número. Para isso, vamos investir cerca de 3 bilhões de dólares até 2013”, afirmou Eike em teleconferência ao mercado nesta quarta-feira (9/2).

Segundo o empresário, a mina colombiana é o “Carajás” do carvão de seus negócios – uma referência à famosa reserva de minério de ferro que sustentou, por muito tempo, a Vale. Avaliada entre 2 e 2,5 bilhões dólares, Eike pretende vender 10% de participação dos ativos da mina e abrir o capital da empresa até o início do próximo ano no Brasil e simultaneamente nas bolsas de Londres e Bogotá. Com a operação, cerca de 1,5 bilhão de dólares devem ser levantados. “O mundo está interessado no carvão colombiano, pois sua qualidade é excelente”, disse Eike.

Listagem em série

Além da abertura de capital da CCX, a EBX vai começar a listar na bolsa de Londres, até meados deste ano, todas as empresas do grupo. A OGX, empresa que atua no setor petrolífero, será a primeira a ser listada. Nesta quarta-feira, em comunicado ao mercado, o grupo afirmou que concluiu a perfuração do poço horizontal OGX-26HP, localizado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. A partir dos testes realizados, a companhia confirmou o potencial produtivo de 40.000 barris de óleo por dia.

A partir de agosto desse ano, a OGX deve começar a operar e gerar retorno financeiro para o grupo. “No momento, só a MMX traz retorno para o grupo; a MPX e a OSX também começaram a gerar receita. Já a LLXdeve começar a trazer retorno somente a partir de 2013”, afirmou Eike.

Diretoria

Durante a teleconferência, 11 diretores do grupo estavam presentes. Eike aproveitou o ensejo para desmentir qualquer crise dentro da empresa, depois que foram anunciadas as saídas de alguns executivos. Segundo o empresário, trata-se de uma movimentação normal de funcionários. Em relação à fragilidade de sua saúde, Eike desmentiu qualquer boato e afirmou que está mais saudável do que nunca.

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