Cofundador da Guess deixará cargo após acusações de assédio sexual
Paul Marciano, que atuava como chefe executivo da marca, foi acusado em janeiro de praticar ações abusivas pela atriz Kate Upton
EFE
Publicado em 13 de junho de 2018 às 16h54.
Última atualização em 13 de junho de 2018 às 21h36.
Washington - O cofundador e até agora chefe executivo da marca Guess, Paul Marciano, pediu demissão nesta quarta-feira devido as acusações de assédio sexual , informou a imprensa americana.
A empresa fez uma investigação interna sobre casos de assédio cometido pelo executivo. Com a renúncia, Paul deixa o posto ao irmão Maurice. Apesar da decisão, ele ficará na companhia e receberá salário até o fim do seu contrato, que acontece em janeiro do ano que vem.
Em fevereiro, ele se afastou das atividades temporariamente e deixou de receber, enquanto a empresa fazia as investigações.
No final de janeiro, a atriz Kate Upton disse que tinha sido assediada sexualmente pelo executivo, acusações que foram negadas por ele.
"É decepcionante que uma marca feminina icônica como a Guess ainda esteja mantendo Paul Marciano como diretor criativo #metoo", escreveu ela em um tweet.
Após a investigação, a empresa reconheceu que Paul "se posicionou em contextos nos quais estas alegações puderam acontecer e aconteceram", mas ressaltou que não foi possível chegar a uma conclusão, porque algumas pessoas envolvidas não quiseram participar.
De acordo a imprensa americana, a empresa alcançou acordos indenizatórios com cinco pessoas, por um total de US$ 500 mil, para resolver as acusações. As pesquisas são fruto de conversas com 40 pessoas e da revisão de 1,5 milhão de páginas de documentos, de acordo com a Guess, companhia fundada pelos irmãos Armand, Georges, Maurice e Paul Marciano, em 1981.